ATA DA CENTÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 03-11-2008.
Aos três dias do mês de novembro do ano de dois mil
e oito, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada,
respondida pelos Vereadores Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto
Moesch, Claudio Sebenelo, Dr. Raul, Guilherme Barbosa, José Ismael Heinen, Luiz
Braz, Margarete Moraes, Maria Luiza, Maristela Maffei, Neuza Canabarro e
Professor Garcia. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente
declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os
Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini,
Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João
Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Maria Celeste, Maurício
Dziedricki, Mauro Zacher, Nereu D'Avila, Nilo Santos, Sebastião Melo e Valdir
Caetano. Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 1046563, 1046786,
1051300, 1051520, 1051609 e 1053492/08, do Fundo Nacional de Saúde do
Ministério da Saúde. A seguir, o Senhor Presidente concedeu a palavra, em
TRIBUNA POPULAR, à Senhora Rita Maria Silvia Carnevale, que, em nome do
Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia de Porto Alegre – COMCET –,
discorreu acerca da criação e da evolução desse Conselho em seus doze anos de
existência, sublinhando que o COMCET é um veículo de participação direta da
comunidade na administração para as temáticas de inovação tecnológica. Também,
convidou todos a participarem da Semana Municipal de Ciência e Tecnologia, a
ser realizada de amanhã ao dia nove de novembro do corrente, enfatizando que a
edição deste ano tem como temática “Evolução e Diversidade”. Em continuidade,
nos termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores Beto Moesch, Professor
Garcia, José Ismael Heinen, Maristela Maffei, Carlos Todeschini e Neuza
Canabarro manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Na
oportunidade, o Senhor Presidente registrou a presença, neste Plenário, do
Senhor Tarso Boelter, Presidente do Diretório Metropolitano do Partido
Progressista. Às quatorze horas e vinte e oito minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e vinte e nove
minutos, constatada a existência de quórum. Após, o Senhor Presidente declarou
empossado na vereança, no dia de hoje, o Suplente Mauro Pinheiro, em
substituição ao Vereador Adeli Sell, em Licença para Tratar de Interesses
Particulares, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Economia,
Finanças, Orçamento e do MERCOSUL. Na ocasião, foi apregoada Declaração firmada
pela Vereadora Margarete Moraes, Líder da Bancada do PT, informando o
impedimento do Suplente Gerson Almeida em assumir a vereança no dia de hoje, em
substituição ao Vereador Adeli Sell. Também, foi apregoado Requerimento de
autoria do Vereador João Antonio Dib, solicitando Licença para Tratamento de
Saúde do dia de hoje ao dia seis de novembro do corrente, tendo o Senhor
Presidente declarado empossado na vereança o Suplente Kevin Krieger, informando
que Sua Excelência integrará a Comissão de Educação, Cultura, Esporte e
Juventude. Em prosseguimento, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca
da ordem dos trabalhos da presente Sessão. A seguir, constatada a existência de
quórum deliberativo, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo Vereador
Sebastião Melo, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente
Sessão, iniciando-se o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a assinalar o
transcurso do centésimo qüinquagésimo aniversário da Associação Comercial de
Porto Alegre – ACPA –, nos termos do Requerimento nº 022/08 (Processo nº
5493/08), de autoria da Mesa Diretora. Compuseram a Mesa: o Vereador Sebastião
Melo, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, e o Senhor José Paulo
Dornelles Cairoli, Presidente da ACPA. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador João Carlos
Nedel parabenizou a Associação Comercial de Porto Alegre pelos seus cento e
cinqüenta anos de existência, relatando a criação e o desenvolvimento dessa
entidade. Nesse contexto, justificou que a ACPA sempre se preocupou em dar
apoio aos empreendedores que trabalham em defesa da sociedade e da economia de
mercado e que tem se destacado ao longo do tempo pela preocupação com o
desenvolvimento da Cidade. Em continuidade, o Senhor Presidente registrou as
presenças, neste Plenário: dos Senhores Vilson Noer e Fúlvio Araújo Santos e da
Senhora Carmen Flores, Conselheiros Superiores da ACPA; dos Senhores Carlos
Frederico Neto Hofmeister, Olemar Teixeira e José Antônio Belló,
Vice-Presidentes da ACPA; da Senhora Angela Baldino, Diretora da ACPA; do
Senhor Milton Felippe Muller, Diretor 2º Tesoureiro da ACPA; do Senhor Carlos
Gastaud Gonçalves, Diretor 1º Secretário da ACPA; dos Senhores Darci
Giovanella, Raul Cohen, Vagner Calvetti e Fernando Becker e das Senhoras Neusa
Froes e Delésia Velho. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Senhor
José Paulo Dornelles Cairoli, que, em nome da Associação Comercial de Porto
Alegre, agradeceu a homenagem prestada pela Câmara Municipal de Porto Alegre. A
seguir, o Senhor Presidente convidou os Senhores Vereadores para reunião a ser
realizada a seguir, no Salão Nobre Dilamar Valls Machado, com o Senhor Prefeito
Municipal de Porto Alegre e os Senhores Vitorio Piffero e Paulo Odone,
Presidentes, respectivamente, do Sport Club Internacional e do Grêmio Foot-Ball
Porto Alegrense. Às quatorze horas e quarenta e sete minutos, os trabalhos
foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e vinte e três
minutos, constatada a existência de quórum. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Carlos
Comassetto, mencionando a visita dos Presidentes do Sport Club Internacional e
do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense a esta Casa para entrega dos projetos de
reforma e construção dos estádios de futebol desses Clubes, criticou a
burocracia existente para a aprovação, na Secretaria Municipal de Obras e
Viação, de projetos de arquitetura ou engenharia. Ainda, afirmou que essas
dificuldades favorecem o aumento do número de construções irregulares na
Cidade. O Vereador Carlos Todeschini formulou questionamentos em relação à
observância, pela Empresa Pública de Transporte e Circulação, da Lei nº
10.559/08, que determina a desvinculação do cadastro de taxistas auxiliares aos
prefixos dos veículos em que trabalham, informando que Sua Excelência tem
recebido denúncias do descumprimento dessa norma. Além disso, posicionou-se
contrariamente ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 006/08, que
altera o regime urbanístico do Pontal do Estaleiro. O Vereador Beto Moesch
discorreu acerca da importância da transformação do Parque Natural Morro do
Osso em Unidade de Conservação do Município, destacando a mobilização das comunidades
dos bairros adjacentes e entidades ambientalistas para garantir essa condição.
Nesse sentido, lembrou as dificuldades para relocação dos índios caingangues
que habitam na área do Morro do Osso, alegando que o desenvolvimento
sustentável da Cidade passa pela conservação dessa área natural. Em COMUNICAÇÃO
DE LÍDER, o Vereador Alceu Brasinha congratulou a Governadora Yeda Crusius pela
execução das obras de ampliação da Avenida Baltazar de Oliveira Garcia. Ainda,
defendeu a aprovação do Projeto de Lei que prevê mudanças no regime urbanístico
da área do Pontal do Estaleiro, sustentando que a aprovação dessa matéria vai
propiciar melhorias em Porto Alegre, criação de mais empregos e fomentar o
turismo. A Vereadora Margarete Moraes reportou-se à notícia publicada no jornal
Zero Hora, na qual são divulgadas promessas feitas pelo Senhor José Fogaça
durante a campanha eleitoral para Prefeito em dois mil e quatro, não cumpridas
até o momento. Sobre o assunto, reportou-se ao Projeto do Orçamento Municipal
enviado pelo Executivo a esta Casa, analisando itens ali constantes, nas áreas
da educação, saúde e saneamento e alegando que os recursos previstos não são
suficientes para a realização dessas obras. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Claudio
Sebenelo discutiu as propostas enviadas a esta Câmara Municipal para construção
dos estádios do Grêmio Foot-Ball Porto
Alegrense e do Sport Club Internacional, argumentando que essas obras
contribuirão para o desenvolvimento do Município. Sobre o tema, salientou que
as cidades que construíram estádios para sediar eventos esportivos de âmbito
mundial geraram melhorias no comércio, na indústria, emprego e diversas
benfeitorias públicas. O Vereador Dr. Raul, endossando as palavras do Vereador
Claudio Sebenelo, acerca da construção de estádios de futebol na Cidade,
alegando ser preciso levar adiante essa iniciativa. Também, discorreu sobre o
projeto de construção, em Porto Alegre, das Unidades de Atendimento 24 Horas,
esclareceu que esse sistema de saúde iria desafogar as emergências médicas
hospitalares, e, finalizando, destacou a conclusão das obras de ampliação da
Avenida Baltazar de Oliveira Garcia. O Vereador Dr. Goulart solicitou maior mobilização
dos Senhores Vereadores para que as propostas aprovadas por esta Casa sejam
regulamentadas pelo Poder Executivo e resultem efetivamente em benefícios para
a população. Além disso, comentou o Projeto de Lei do Legislativo nº 285/01, de
autoria conjunta de Sua Excelência e da Vereadora Maria Luiza, que autoriza a
implantação de quatro postos de atendimento à saúde funcionando vinte e quatro
horas por dia em Porto Alegre. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Dr. Goulart, em
tempo cedido pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, abordou projetos aprovados
por esta Casa, para realização de exames preventivos do câncer de próstata em
postos do Sistema Único de Saúde. Também, defendeu a construção de um hospital
no Bairro Restinga, a ser financiado com recursos oriundos do Hospital Moinhos
de Vento. Finalizando, manifestou-se acerca do Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 006/08. O Vereador Beto Moesch debateu questões atinentes ao
sistema de contrapartida entre obras e meio ambiente a ser considerado quando
da avaliação de propostas de reestruturação urbana, lembrando que a Cidade deve
ser um espaço para desenvolvimento integral do indivíduo, sendo a manutenção de
áreas verdes essencial para garantir qualidade de vida à população. Nesse
sentido, posicionou-se contrariamente ao Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 006/08. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Beto Moesch, dando
continuidade ao seu pronunciamento em Grande Expediente, analisou o Projeto de
Lei Complementar do Legislativo nº 006/08 e ressaltou a importância de que esta
Casa não altere o regime urbanístico do trecho da Orla do Guaíba denominado
Pontal do Estaleiro. Da mesma forma, propugnou por maiores debates neste
Legislativo no atinente ao Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de
Porto Alegre. Em PAUTA ESPECIAL, Discussão Preliminar, 4ª Sessão, esteve o
Projeto de Lei do Executivo nº 050/08, discutido pelos Vereadores Professor
Garcia, Carlos Comassetto, José Ismael Heinen e Luiz Braz. Às dezessete horas e
trinta e cinco minutos, constatada a inexistência de quórum, em verificação
solicitada pelo Vereador Haroldo de Souza, o Senhor Presidente declarou
encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão
Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelos Vereadores Sebastião Melo, Claudio Sebenelo e Ervino Besson e
secretariados pelo Vereador Ervino Besson. Do que eu, Ervino Besson, 1º
Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e
aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): De imediato,
passamos à
A Srª Rita Maria Silvia Carnevale, representando o
Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia de Porto Alegre, está com a palavra,
para tratar de assunto relativo à abertura da Semana Municipal de Ciência e
Tecnologia e entrega das diretrizes, pelo tempo regimental de 10 minutos.
A SRA. RITA MARIA SILVIA CARNEVALE: Vereador Sebenelo, presidindo esta Sessão, demais integrantes desta
Câmara Municipal de Vereadores, que muito nos honraram com a possibilidade de
ocupar este espaço de manifestação e nos honram, no momento, com suas
presenças, senhoras e senhores presentes, integrantes do Conselho Municipal de
Ciência e Tecnologia e dirigentes das Instituições que integram o Colegiado,
nossa saudação especial.
O que traz o Conselho Municipal de Ciência e
Tecnologia a esta tribuna, mais uma vez, refere-se à divulgação da atual
composição de seus integrantes, indicados pela VI Conferência Municipal de
Ciência e Tecnologia, ocorrida em maio passado, bem como a divulgação das ações
desenvolvidas ao longo desses 12 anos e, também, expressar as expectativas da
sociedade científica, acadêmica e empresarial, identificadas em relação a esta
Casa, no que se refere à Ciência e Tecnologia, em particular, ao lançamento da
Semana Municipal de Ciência e Tecnologia e à campanha de reconhecimento do lixo
eletrônico.
Porto Alegre, pioneira na concretização do
princípio de participação efetiva da sociedade em sua gestão, interpretando um
modelo constitucional, introduziu na Lei Orgânica do Município, em abril de
1990, um espaço significativo para a viabilidade dessa participação. Em seu
art. 101, referências importantes são estabelecidas sobre o papel dos Conselhos
Municipais, como órgãos de participação direta da comunidade na Administração
pública, com a finalidade de propor, fiscalizar e deliberar matérias referentes
a seus campos específicos. Com isso, em 1992, pela Lei Complementar n° 267, foi
regulamentada a estrutura e o funcionamento dos Conselhos Municipais. Em 1996,
definições importantes precisavam ser tomadas em relação à introdução de Porto
Alegre no cenário nacional no que diz respeito à área de Tecnologia da
Informação e Comunicação, em relação à definição do Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano e Ambiental.
O Executivo Municipal e os integrantes desta
Casa, atentos às demandas sociais no que se referia à evolução científica e
tecnológica das estruturas existentes em Porto Alegre, concretizaram a criação
do Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia por meio da Lei Complementar n°
367/96. Portanto, o Conselho é um órgão de participação direta da comunidade na
administração pública para as temáticas de ciência, tecnologia e inovação.
Em sua composição, o Conselho conta com 23
representantes - titulares e suplentes -, dos quais 13 são representações da
sociedade - representações eleitas, quando da realização da Conferência
Municipal de Ciência e Tecnologia -, sete são indicações do Executivo
Municipal, e três são instituições permanentes: Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Pontifícia Universidade Católica e Secretaria de Ciência e
Tecnologia do Estado.
Em maio deste ano, quando da realização da VI
Conferência Municipal de Ciência e Tecnologia, foram eleitas as seguintes
instituições: Assespro – Associação das Empresas Brasileiras de Software e
Serviços de Informática; CRA/RS – Conselho Regional de Administração, Seccional
Rio Grande do Sul; Faculdade Ibgen – Instituto Brasileiro de Gestão de
Negócios; Federasul – Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio
Grande do Sul; Fundação Pensamento Digital; Hospital de Clínicas de Porto
Alegre; OAB/RS - Ordem dos Advogados do Brasil/Seccional Rio Grande do Sul;
SBPC/RS, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência; Secretaria Regional
do Rio Grande do Sul; Seprorgs - Sindicato das Empresas de Informática do
Estado do Rio Grande do Sul; SERGS - Sociedade de Engenharia do Rio Grande do
Sul; Sindhospa - Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre; Softsul -
Sociedade Sul-Riograndense de Apoio ao Desenvolvimento de Software; Sucessu -
Sociedade de Usuários de Informática e Telecomunicações.
O Executivo Municipal, por sua vez, indicou
representantes dos seguintes órgãos:
DMAE, Departamento Municipal de Água e Esgotos;
Procempa, Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre;
Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana; SMED - Secretaria
Municipal de Educação; SMIC - Secretaria Municipal da Produção, Indústria e
Comércio; Secretaria Municipal da Saúde; e SPM - Secretaria Municipal de
Planejamento.
Desta forma, desde 1996 o COMCET vem trabalhando no
sentido de reunir os diferentes segmentos da sociedade, aproximando-os da
representatividade do Executivo Municipal para discutir a Cidade e consolidar
suas manifestações por meio de diretrizes, isto é, por meio de proposições que
traduzem expectativas e potencialidade dos segmentos científicos, acadêmicos e
empresariais, para tornar cada vez mais Porto Alegre diferenciada em termos de
ciência e tecnologia.
Em 2006, foi sistematizada, sumariamente, essa
participação para ampla divulgação junto à sociedade, com a publicação da
Revista do Conselho, cujos exemplares estão à disposição para serem
redistribuídos.
É com muito orgulho e satisfação que informamos
que a apropriação gradativa das Diretrizes de Ciência e Tecnologia emanadas das
conferencias municipais, bem como a sua incorporação sistemática às rotinas,
projetos e ações da estrutura e funcionamento do Executivo Municipal,
certamente vêm contribuindo, de forma significativa, para levar nossa Cidade ao
patamar de desenvolvimento que todos nós, porto-alegrenses, almejamos. Esse
procedimento pode ser constatado no Caderno das Diretrizes de Ciência e
Tecnologia. Este ano o Caderno vem sendo distribuído com informações de cada
ato, do que foi executado, e em que termos tais atos foram executados.
Finalmente, é importante que concluamos nossa
manifestação informando a realização da Semana Municipal de Ciência e
Tecnologia de Porto Alegre como uma oportunidade ímpar que os porto-alegrenses
dispõem, pioneiramente - mais uma vez -, graças à visão e ação do Vereador
Professor Garcia, que encaminhou para a aprovação desta Câmara o Projeto de Lei
n° 9.909, de 30 de dezembro de 2005, sancionada pelo Sr. Prefeito.
Porto Alegre se compromete, a partir daquela
data, com a realização de uma semana municipal em ação conjunta com a semana
nacional, concretizando um compromisso não só com a formação nos diferentes
níveis educacionais em Ciência e Tecnologia, mas - e, principalmente - com a
difusão e popularização dos mesmos.
Neste ano, excepcionalmente, nós retardamos em
uma semana a realização da semana municipal, considerando o processo eletivo,
mas estamos dentro do período considerado pelo Ministério e por todos os
Estados como período de divulgação de Ciência e Tecnologia.
Estamos, atualmente, na terceira edição da
semana municipal, a ocorrer do dia 04 a 09 deste mês, com a temática Evolução e
Diversidade - oportunidade em que serão apresentadas à Cidade algumas
realizações decorrentes das diretrizes operacionalizadas pelo Executivo e
demais instituições privadas. Essa Semana tem seu início com o Dia do Inventor,
homenageando os homens e as mulheres que vivem e trabalham nesta Cidade,
produzem conhecimento e constroem aplicações que têm feito esta Cidade uma
Cidade diferente; culmina com o Dia do Hoteleiro, profissional da hospitalidade
que ratifica Porto Alegre como um centro de convergência, inclusive capaz de
trazer para Porto Alegre a CeBIT - Feira Internacional de Tecnologia de
Informação Telecomunicações, Softwares e Serviços, evento que ocorre na
Alemanha e para o qual Porto Alegre se habilita a receber em 2009.
Encerramos nossa manifestação agradecendo a
oportunidade que esta Casa Legislativa proporciona, pela consolidação de
espaços para que a evolução e cobertura de diversas ações nos diferentes campos
do conhecimento possam se tornar realidade. Em especial, agradecemos ao Ver.
Beto Moesch este momento em que nos foi possível fazer, em primeira mão, o
convite para a participação dos eventos da Semana, considerando que os
integrantes desta Casa são os legítimos representantes da sociedade
porto-alegrense e merecem, de nossa parte, uma deferência especial.
Tomamos a liberdade de solicitar uma especial atenção ao Projeto que está tramitando relativo à criação da Agência InovaPOA - agência de desenvolvimento tecnológico que terá a função de elaborar políticas de fomento à inovação da Capital. Caberá à InovaPOA a função de mediar, estimular e apoiar os projetos para o crescimento da Cidade como um todo. Agradecemos pela oportunidade e desejamos uma boa-tarde a todos.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito obrigado,
Drª Rita. Convidamos a Srª Rita Maria Silvia Carnevale a
fazer parte da Mesa.
O Ver. Beto Moesch
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, é uma satisfação para nós, da Câmara, recebermos a Srª
Rita Maria Silvia Carnevale, Presidente do Conselho Municipal de Ciência e
Tecnologia de Porto Alegre. Digo, Srª Rita, não só para mim, mas a pauta de
todos os dias é a pauta ambiental. A ciência e tecnologia estão diretamente
vinculadas a esse tema; aliás, um dos principais instrumentos da política do
meio ambiente é justamente estimular, fomentar e incentivar as chamadas
“tecnologias limpas”, tecnologias ecologicamente corretas de inclusão social e
que atendam ao desenvolvimento econômico, sem jamais deixar de lado a proteção
dos recursos naturais.
Porto Alegre tem tido
uma rica história, tanto com relação à proteção ao meio ambiente, como com
relação ao desenvolvimento da ciência e tecnologia. Não é para menos que temos
agora aqui o Ceitec, um empreendimento que, em qualquer outro lugar do Brasil,
teria que ser licenciado pelo Estado e pela União e aqui foi licenciado pelo
Município através da sua Secretaria do Meio Ambiente.
É por isso que nós,
Câmara de Vereadores, entendemos que esta Casa deveria receber parte da Semana
Municipal de Ciência e Tecnologia, paralelamente à Semana Nacional de Ciência e
Tecnologia, mostrando justamente não só o pioneirismo, mas a vanguarda da
cidade de Porto Alegre neste tema. Imaginem crescemos 20% ao ano, apenas na
questão da informática!
Colocaste bem com
relação ao lixo eletrônico: o que fazer com esses novos equipamentos? Televisão
de plasma, celulares, pilhas, ou micropilhas, cada vez mais utilizadas, DVDs,
computadores, o chamado lixo eletrônico. Pois em Porto Alegre há a sede da
segunda empresa no Brasil em reaproveitamento e reciclagem do lixo eletrônico,
lixo que jamais deveria ser colocado por aí, pelas pessoas. Em conjunto com o
Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia e em conjunto com a PROCEMPA, nós
realizamos, no ano passado, na Feira do Livro - vai se repetir este ano -,
justamente este tema sobre o que fazer com esta tecnologia toda, quando ela não
é mais necessária. Pois reciclamos mais de 20 toneladas apenas em uma semana, naquele
período, buscando esse aperfeiçoamento junto com o cuidado ambiental. Parabéns,
na Semana Municipal da Ciência e Tecnologia.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito obrigado,
Ver. Beto Moesch.
O Ver. Professor Garcia está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Prezada Srª
Rita Carnevale, Presidente do Comcet, quero dizer da nossa alegria, há três
anos, em 2005, por ter sido aprovada a Lei que era um antigo anseio do Conselho
e daquelas pessoas que têm envolvimento com a tecnologia. Nós, na realidade, só
fomos o porta-voz deste anseio.
Falo em nome do nosso Partido, o PMDB, em nome
do Ver. Haroldo, o Líder; do Ver. Sebastião Melo, do Ver. Bernardino
Vendruscolo, do Ver. Dr. Raul e deste Vereador, Professor Garcia. Queremos
dizer que o tema evolução e diversidade, realmente, é bastante amplo.
Quando vocês enfocam a questão do lixo eletrônico,
nós temos que, cada vez mais, responsabilizar as próprias indústrias, porque
elas têm, também, o dever e o compromisso de ajudar neste recolhimento.
No final da sua fala, a senhora falou da questão
da InovaPOA, e este Vereador, como Líder do Governo, tem se preocupado, porque
foi uma determinação do Prefeito José Fogaça, e tenha a certeza de que até o
final do ano este Projeto vai ser votado pelos Vereadores, porque, na
realidade, sim, ele vai criar políticas públicas para o fomento desta área que cada
vez mais mostra a vanguarda de Porto Alegre. Então, parabéns ao Conselho que a
senhora dirige.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito obrigado,
Ver. Professor Garcia. Quero registrar a presença do Presidente do Partido Progressista,
Dr. Tarso Boelter, que nos visita, é o Presidente do Diretório Metropolitano de
Porto Alegre. Muito obrigado. É um prazer, seja bem-vindo.
Queria registrar, também, com muito carinho, a
presença do nosso Ver. Kevin Krieger. Muito prazer.
O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra,
nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo
Sr. Ver. Claudio
Sebenelo, presidindo a nossa Sessão de hoje, quero cumprimentar a Srª Rita
Maria Silvia Carnevale e dizer, como eu falei lá no meu gabinete, do prazer de
receber o Conselho Municipal, que é um impulso da maior relevância para o
Município e para os cidadãos de Porto Alegre. Hoje, o país que abdicar da
tecnologia científica será subjugado tranqüilamente. Então, quero dar os parabéns,
desejar um sucesso continuado para que possamos resolver os nossos problemas,
exercitando as nossas idéias. Isso se busca com a ciência, com a tecnologia,
que são as vanguardas de um país e do desenvolvimento humano, ambiental, ou
seja lá o que for. Agora, o que a gente vê é o Estado investindo pouco; mas, de
repente, a iniciativa privada haverá de preencher essa lacuna, porque ela
também se beneficia desta corrida em prol do desenvolvimento, corrida essa em
que quem chegar por último, com certeza, estará fora do processo.
Então é uma responsabilidade muito grande, conte
com o apoio do Partido do Democratas nesta caminhada feliz, que eu acho que tem
que ser para todos nós. Muito obrigado, e parabéns!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): A Verª
Maristela Maffei está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Quero
cumprimentar, em primeiro lugar, o Presidente interino, e cumprimentar em
especial a amiga Drª Rita Maria Silvia Carnevale, Presidente deste honroso
Conselho que diz respeito a todos nós. Sentimo-nos inteiramente representados
por V. Sª e por esse staff que ali hoje nos representa.
Quero dizer que somos sabedores hoje que não
temos apenas tecnologia, mas que nós temos reserva intelectual também; isso é
diferente, e para isso tem que ter vontade política. E, com certeza, as
universidades, o Conselho e o Presidente Lula têm uma responsabilidade muito
grande para colocar isso como uma das prioridades deste Governo, no sentido de
um investimento maior. O Ceitec hoje é a maior prova disso; o Ministério de Ciência e Tecnologia,
com a Lei nº 11.484/07, traz hoje os incentivos para a instalação das
indústrias de ponta no entorno do Ceitec. Quero dizer que já foram protocoladas
as Emendas, nesta Casa, para discutir e determinar os locais, em Porto Alegre,
para as indústrias, em especial as indústrias de silício. Com muita honra, esta
Vereadora é autora, mas com certeza veio das mãos da Doutora, que aqui está
presente junto com todo o Conselho. Parabéns, vocês são sempre muito
bem-vindos!
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado, Verª
Maristela Maffei.
O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente,
Ver. Claudio Sebenelo; Srª Rita Maria Carnevale, Presidente do Comcet, queremos
aqui, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, saudar, em especial, neste momento, a Verª Margarete Moraes, nossa Líder, o Ver. Guilherme
Barbosa, o Ver. Aldacir Oliboni, presentes aqui neste momento. Eu presidi a
primeira Conferência Municipal de Ciência e Tecnologia, em 2006, àhá época eu
era Assessor-Engenheiro do Prefeito Tarso Genro, e, há época,
não foi fácil a implantação e a criação da primeira Conferência, porque havia
muita resistência, havia inclusive muito ciúme. Lembro que o Estado era
governado pelo Governador Antonio Britto, e o Secretário ou um executivo
da Ciência e Tecnologia, era o Sr. Boeira, foi militante
contra o Comcet e, foi
militante contra essa iniciativa. Eu lembro que eu tive uma
audiência com ele, foi muito difícil, e nós, tateando, conseguimos realizar a primeira
Conferência, instalar o Conselho que, a partir daí, passou a ter uma vida muito
importante. E mais importante ainda foi que àhá época, com
a gestão da Frente Popular, com a liderança do Prefeito Raul Pont, se
trabalhou a idéia de Porto Alegre tecnópole, que hoje já traz extraordinários
resultados. Olhando aos
12 anos passados, a gente nota que aquilo que se pretendia, que era um
ambiente voltado para a tecnologia, para aà inovação, para aà
criação, aconteceu. Por isso que nós temos aí o Tecnopuc; por isso que
nós temos aí uma série de iniciativas que são outras
como o caso do Ceitec, e muitas outras que virão na esteira
dessa semente que foi plantada lá no fundo, mas que tem uma caminhada, tem um
percurso que é altamente produtivo, altamente
promissor. Ee, quiçá, para
o futuro, tenhamos inúmeras iniciativas na área da Informática, da Ciência e
Tecnologia em geral, na área dos Fármacos, das Biorefinarias e muitas outras
descobertas que estão por vir e que retribuirão com grande incremento,
acumulação de valor, de inteligência e de um futuro melhor não só para Porto
Alegre, mas para
toda a nossa Região, para o nosso Estado e para ajudar a alavancar esses
elementos para o Brasil.
Então, cumprimentos
pelos 12 anos de Comcet com pleno sucesso de realizações, conforme os
objetivos que se plantou e, quiçá, vida
muito longa para toda essa iniciativa, para o Comcet, para a Ciência e Tecnologia,
em especial, e para Porto Alegre e para o Brasil.
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Sebastião Melo assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Neuza
Canabarro está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. NEUZA CANABARRO: Professora
Rita Carnevale, tenho certeza de que essa Semana é importante para que os
porto-alegrenses saibam que o trabalho do Conselho é de suma importância. Em
nome da Bancada do PDT, eu quero dizer que a senhora, na presidência do
Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia, dá credibilidade à Instituição. A
sua história, o seu passado, nos dão a certeza de que a senhora
saberá orientar e operacionalizar tudo aquilo que está se pensando, porque há
necessidade de um pensamento futuro aliado à tecnologia. Parabéns. Nós, da
Bancada do PDT, estamos aliados ao seu trabalho.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Agradeço as
manifestações de todas as Bancada. E, mais uma vez, Srª Rita - peço escusas,
porque eu estava recebendo o Presidente da Federasul e o Presidente do Inter,
e, portanto, não pude estar desde o início -, agradeço enormemente a sua
presença. Quero dizer que esta Casa reconhece que a senhora e o Conselho trouxeram grandes contribuições à
nossa Cidade.
Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h28min.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo - 14h29min:) Estão
reabertos os trabalhos.
Solicito à assessoria de Relações Públicas que
conduza o Presidente da Federasul, José Paulo Dornelles Cairoli, ao Pplenário.
O Ver. Adeli
Sell solicita Licença para Tratar de Interesses Particulares no período de 3 a
6 de novembro. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o Pedido de
Licença permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
A Mesa declara
empossado o Ver. Mauro Pinheiro, que integrará a Comissão de Economia,
Finanças, Orçamento e do Mercosul, CEFOR, em função da impossibilidade de o
Suplente Gerson Almeida assumir a Vereança.
O Ver. João
Antonio Dib solicita Licença para Tratamento de Saúde no período de 3 a 6 de
novembro. A Mesa declara empossado o Suplente, Ver. Kevin Krieger, nos termos
regimentais, que integrará a Comissão de Educação, Cultura, Esporte e
Juventude, CECE.
Bem-vindos, Srs. Vereadores.
Em função da
homenagem que prestaremos à Associação Comercial e Industrial de Porto Alegre,
solicitei que o Sr. Prefeito atrasasse um pouco; logo em seguida, estará conosco o Prefeito Eliseu Santos,
juntamente com os Presidentes do Grêmio e do Inter, para tratarmos dos projetos relativosvamente aos
times, ocasião em que suspenderemos a Sessão.
Em votação a inversão
da ordem dos trabalhos, para que possamos, imediatamente, entrar no período de
Comunicações, que assinala o transcurso dos 150 anos de aniversário da
Associação Comercial e Industrial de Porto Alegre. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que ao
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA por unanimidade a
inversão.
Passamos às
Presente aqui o
querido amigo, grande e extraordinário Presidente José Paulo Dornelles Cairoli, Presidente da
Associação Comercial de Porto Alegre e Federasul, a quem convido a fazer parte
da Mesa. Bem-vindo. (Pausa.) Quero saudar os diretores da Federasul, e espero que
a lista chegue à Presidência. V; vejo vários
diretores aqui que nos honram com suas presenças. Presente aqui a ex-Secretária
Ângela Baldino, Assessora de Imprensa.
Em nome da Mesa
Diretora, Presidente Cairoli, este é o período de Comunicações da Sessão, que destina
a assinalar os 150 anos de boas lutas na nossa Associação.
Quero convidar, em
nome de toda a Casa, o Ver. João Carlos Nedel para fazer a saudação a esta
entidade, também a V. Sª e, por extensão, a toda a Diretoria da nossa grande Associação.
O Ver. João Carlos
Nedel está com a palavra em nome da Mesa Diretora.
O SR. JOÃO CARLOS
NEDEL: Ilustre Presidente desta Casa, Ver. Sebastião
Melo; Sr. Presidente da Associação Comercial de Porto Alegre e da Federasul,
José Paulo Dornelles Cairoli; Srs. Vice-Presidentes, Diretores e associados da
nossa Associação Comercial de Porto Alegre; senhoras e senhores, em nome da
Mesa Diretora, proponente desta homenagem para salientar os 150 anos da nossa
Associação Comercial de Porto Alegre, sinto-me muito honrado com a deferência
do Sr. Presidente Sebastião Melo.
Fundada em 1858, por meio da criação da Praça de
Comércio, na época com 92 associados, a Associação Comercial de Porto Alegre
sempre trabalhou em prol do desenvolvimento econômico, político e social do
nosso Estado.
Decorridos 150 anos
daquela data, exatamente em 14 de fevereiro, hoje esta nossa Associação
congrega mil e cem1.100
associados, é filiada à Federasul, que é a Federação das Associações Comerciais
e de Serviços do Rio Grande do Sul, integrando um universo que reúne milhares
de empresas e instituições de todo o Estado. A atual Diretoria é presidida pelo
Sr. José Paulo Dornelles Cairoli.
A Associação integra
uma grande rede institucional que acompanha empreendedores que trabalham em
defesa da sociedade e da economia de mercado.
Por objetivar a geração de novos
negócios e o desenvolvimento desses, a Associação faz um elo indispensável para
a criação de novos empregos e de renda, colocando-se sempre ao lado de quem
quer ser um parceiro para qualificar e oportunizar o crescimento do seu
empreendimento.
A Associação trabalha
oportunizando o crescimento de seu empreendimento e também o contato dos
empreendedores com as empresas e pessoas que têm os mesmos interesses e
objetivos, oferecendo benefícios para os seus associados e fomentando o
relacionamento, oportunizando o contato entre as pessoas com objetivos comuns,
bem como o crescimento do potencial dos empreendimentos aqui realizados.
A Associação
Comercial de Porto Alegre, por seus diversos departamentos e diretorias,
colabora fortemente com o desenvolvimento da nossa Cidade, especialmente com os
poderes públicos. Somente para exemplificar a forte contribuição na
qualificação profissional dos comerciários, agora, Sr. Presidente, uma Comissão
Especial da Associação está enfrentando um grande problema da nossa sociedade,
que é a segurança. Eu tenho certeza, Presidente, de que, com essa interlocução,
com a colaboração de diversos entes responsáveis por esse setor, nós vamos
minorar essas dificuldades que estamos encontrando na segurança da nossa Cidade
e do nosso Estado.
Que bom que a
sociedade tem a Associação Comercial de Porto Alegre, por 150 anos, fazendo o
bem para Porto Alegre. Parabéns aos associados, àa sua Ddiretoria e a
seus funcionários! A Câmara Municipal quer, por meio deste espaço, agradecer a
Associação pela colaboração constante com esta Casa. Inclusive, Sr. Presidente,
na última revisão da Lei do ISSQN, a Associação forneceu importantes subsídios
para esta Casa, permitindo, assim, que essa revisão se tornasse adequada para o
momento atual.
Quero agradecer,
também, o seu elevado empenho para o desenvolvimento da nossa Cidade.
Em nome da Mesa
Diretora, que congrega todos os Vereadores desta Casa, renovo os parabéns à
Associação Comercial de Porto Alegre.
O Sr. José Ismael
Heinen: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Agradeço a oportunidade, nobre Vereador e colega João Carlos Nedel. Quero
cumprimentar o Presidente Cairoli, da Associação Comercial de Porto Alegre;
cumprimentar a nossa Casa por esta justíssima homenagem. Eu quero trazer, em
nome dos Democratas, os parabéns aos seus 150 anos,
desejando sucesso continuado a esta Associação tão importante, nos dias de
hoje, da nossa Nação, quando temos essa sobrecarga de impostos, problemas,
falta de segurança e tudo mais. Cairoli, em nome dos Democratas,
parabéns, felicidades, que possamos chegar a um bom termo, para o bem da nossa
Cidade e dos nossos cidadãos. Muito obrigado e parabéns mais uma vez.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Portanto,
senhoras e senhores, renovo os parabéns desta Casa, desejando muito sucesso à
nossa querida Associação Comercial de Porto Alegre, aos seus Diretores, aos
seus funcionários, aos seus membros das várias Comissões,
pelo bem que têem
prestado a esta Cidade e à nossa sociedade. E que Deus abençoe a todos.
Obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Muito obrigado,
Ver. João Carlos Nedel, que falou em nome da Mesa Diretora, se expressando,
portanto, pelo conjunto da Casa. Registro, com
muita alegria, as presenças dos Conselheiros Raul Cohen, Vilson Noer, Fúlvio
Araújo Santos e Darci Giovanella; dos Vice-Presidentes Carlos Frederico
Neto Hofmeister, Olemar Teixeira, Vagner Calvetti, José Antônio Belló, Fernando
Becker, Milton Müller e Carmen Flores; dos Diretores Angela Baldino e Carlos
Gastaud; das colaboradoras Neusa Froes e Delésia Velho; e dos associados da
Associação Comercial de Porto Alegre e, também, da Federasul.
Concedo, com muito prazer, a palavra ao nosso
queridíssimo Presidente José Paulo Dornelles Cairoli. A tribuna é sua,
Presidente.
O SR. JOSÉ PAULO DORNELLES CAIROLI: Excelentíssimo
Sr. Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Ver. Sebastião Melo; Exmos
Vereadores e Vereadoras, autoridades presentes, associados, Vice-Presidentes,
Diretores e Conselheiros da Associação Comercial de Porto Alegre e da
Federasul; senhoras e senhores, é com muita alegria que estamos nesta Casa
hoje, para participar, de forma especial, das comemorações registradas, ao
longo do ano de 2008, pelos 150 anos da Associação Comercial de Porto Alegre.
Trata-se de uma linda história vitoriosa de um século e meio, contada num
cenário real de árduas lutas e de muito sucesso, que começou no dia 14 de
fevereiro de 1958. Quando tudo iniciou, eram apenas nove empresários, liderados
por Lopo Gonçalves Bastos, Vereador de Porto Alegre por várias Legislaturas,
preocupados em unir as forças econômicas da Cidade.
Hoje fazemos parte de um sistema de
representação, capitaneado, no Estado, pela Federasul, que congrega mais de 40
mil empresas de todos os portes, abrangendo todos os setores da economia
gaúcha: comércio, indústria, serviços e agricultura. Não tenho dúvidas de que
nosso fortalecimento,
ao longo desse tempo,
deve-se ao formato de ser das entidades, regradas pelo sistema de associação
voluntária, em que os associados contribuem financeiramente e com grande
dedicação pessoal, para sustentar e engrandecer o trabalho da entidade. Com
esse princípio, continuamos construindo a nossa história, garantidos pelo
sistema que nos rege
da? da liberdade para tomadas de posições
políticas e econômicas, embasadas em princípios e valores que se modernizam com
o tempo, mas que não se desvirtuaram ao longo desses 150 anos.
Senhoras e senhores, essa história de um século
e meio foi construída com muita abnegação e trabalho de centenas de empresários
que seguiram o exemplo de Lopo Gonçalves Bastos e se dispuseram a dedicar seus
conhecimentos e tempo em benefício da coletividade, ocupando cargos de
presidentes, vice-presidentes, diretores e conselheiros.
Agradecemos os Srs. Vereadores, na pessoa do
Presidente Sebastião Melo, por esta homenagem. Sentimo-nos muito honrados por
compartilhar este momento especial com os representantes da nossa Cidade. Muito
obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Presidente
Cairoli, associados e Diretores, quero dizer que esta Casa, com muita alegria,
ainda neste ano, pelo conjunto dos Vereadores, de forma muito singela, entregou
uma placa de reconhecimento a esta entidade. Eu poderia citar aqui, Cairoli, vários feitos, mas eu
diria que muitas coisas que têm acontecido no Brasil, nos últimos tempos,
passaram pela Federasul. Quantas e quantas vezes foramse discutidosram,
na Federasul, os rumos econômicos do Brasil. Ministros, figuras que viraram
Presidentes, autoridades do Brasil e do mundo que aportam na nossa Cidade podem
ir a vários lugares, mas em um eles não faltam: a Federasul. O ‘Tá na Mesa’ é
um negócio fantástico, eu diria que é uma contribuição enorme que os senhores
têm dado ao nosso País, ao nosso Estado e à nossa Cidade. Veja agora, por
exemplo, a questão das eleições municipais. Os debates, tanto no 1º turno
quanto no 2º, foram altamente qualificados.
Eu queria dizer, ratificando o que disse o
Nedel, que a nossa entidade, a Associação Comercial, merece o aplauso dos
porto-alegrenses. Portanto, os Vereadores nada mais fizeram, com esse gesto, do
que um reconhecimento de toda a Cidade. Eu o cumprimento pela sua gestão
plural, o senhor sempre esteve muito aberto a receber todas as tendências
políticas, olhando para
o bem do País, fazendo o bem sem olhar a quem. I, isso é muito
importante, eu sempre vi isso no senhor com muita clareza.
Quero aqui agradecer também o espaço que o
senhor abriu para que esta Casa lá pudesse discutir com a nossa Cidade: ‘Porto
Alegre, uma Visão de Futuro’. Muito obrigado pela sua presença e dos seus
Diretores.
Convido os Srs. Vereadores para, junto com a
Presidência, receberem o Sr. Prefeito, o Presidente do Inter e o do Grêmio, que
já se encontram aqui na Casa, para que nós possamos, após as despedidas do
Presidente Cairoli, receber os projetos dos respectivos times. Muito obrigado.
Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às14h47min.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo - 15h23min:) Estão reabertos os trabalhos.
Agradeço aos Srs. Vereadores pela participação
no recebimento dos projetos relativos ao Internacional e ao Grêmio Foot-Ball
Porto Alegrense.
Retomando os nossos trabalhos em Comunicações, o
primeiro Vereador inscrito é o Ver. Carlos Comassetto.
O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra em
Comunicações.
O SR. CARLOS
COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; colegas Vereadoras, colegas Vereadores,
senhoras e senhores, eu quero aproveitar este período de Comunicações para
trazer um tema aqui que tem atrasado, e muito, o desenvolvimento da cidade de
Porto Alegre. Nós acabamos de receber aqui nesta Casa, agora numa visita
oficial dos nossos dois clubes de Porto Alegre, duas grandes propostas para dois
grandes projetos referentes à Copa do Mundo.
Agora eu quero falar aqui hoje da estrutura de
aprovação de projetos do Município de Porto Alegre e principalmente da
Secretaria Municipal de Obras e Viação. Hoje, para aprovar
um projeto de arquitetura ou de engenharia na SMOV é uma verdadeira via sacra.
Porto Alegre está perdendo recursos, profissionais, e está
perdendo projetos pela burocratização e pelo comando centralizado que existe
hoje lá na naquela Secretaria, que determina quais os projetos que
podem ser analisados e que podem ser aprovados. Ver.
Guilherme Barbosa, o senhor que já foi Secretário da Secretaria Municipal de
Obras e Viação, da SMOV: a SMOV, hoje, para aprovar um projeto, seja ele de
arquitetura, ou seja ele de engenharia, numa planta unifamiliar, só aprova se
receber um bilhetinho dirigido do Ggabinete. Isso
não pode acontecer na cidade de Porto Alegre, não pode acontecer na Secretaria
Municipal de Obras e Viação. Hoje, os profissionais que se formam e que
iniciam as suas atividades desenvolvendo projetos de arquitetura, ou aquelas
famílias que querem construir a sua casa, ou fazer regularizações,
não conseguem fazê-lo e entram para a irregularidade.
Portanto, eu trago este tema porque nós acabamos de
sair de um processo de grande debate sobre os rumos da Cidade, em que se dizia
que tudo estava bom, mas a Secretaria Municipal de Obras e Viação, na aprovação
de projetos, não está nada boa. E, nesse sentido, muitos profissionais têm
abandonado a sua atividade profissional em Porto Alegre porque não conseguem
aprovar um projeto unifamiliar.
A Declaração Municipal, que é a DM, que deveria
sair ou estar pronta de forma on-line, ou seja, via computador, chega a
levar 120 dias para que se receba uma informação do que pode ser feito naquele
terreno. O nosso Plano Diretor já determina que a taxa de ocupação, que o
Regime Urbanístico, que as atividades a serem desenvolvidas em todos os
terrenos de Porto Alegre já estejam pré-determinadas no Plano Diretor. E há
quatro anos nós deixamos lá um projeto pronto para que fossem serem aprovados
os projetos via on-line.
O Sr. Guilherme Barbosa: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Carlos Comassetto, é importante o
tema que V. Exª traz, e exatamente eu ia complementar isso. Nós deixamos em implementação
um processo para aprovar os projetos arquitetônicos pela via eletrônica. O; o
profissional não precisaria ir à SMOV, encaminharia o projeto pela Internet, os
profissionais o analisariam na tela do computador, e isso daria uma velocidade
muito grande ao processo. Tudo parou, tudo,
completamente, nós tínhamos 17 profissionais aprovando projetos, agora existem
11. Eu já tinha recebido essa queixa. U, uma simples
casa está demorando, para ser aprovada na SMOV, três meses.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Para
concluir, Sr. Presidente, trago este tema aqui no período de Comunicações. É
inconcebível que a aprovação de projetos, na Secretaria Municipal de Obras e
Viação, leve um tempo indeterminado, e ainda por cima tenha que receber o
bilhetinho do Secretário orientando qual o Projeto que deve ser aprovado e qual
o que não deve. Eu peço, sim, ao Executivo Municipal que analise e traga
urgentemente uma resposta a esta Casa: por que a aprovação de Projetos na SMOV
se dá somente com a indicação, levando uma infinidade de tempo para que a
Cidade possa evoluir? Assim não podemos continuar. Muito obrigado, Sr.
Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
Tenho recebido informações dos interessados, das
pessoas que são profissionais condutores de veículos do tipo táxi, de que
a EPTC, de forma arbitrária, está desobedecendo à Lei e exigindo a execução
novamente dos carteirões no modelo antigo.
Aviso à
EPTC que isto é uma arbitrariedade, é um abuso de autoridade e que terão que
responder pelo não-cumprimento e pela não-obediência à Lei. Tenho orientado aos
taxistas que, se isso acontecer, se dirijam à EPTC com advogado, munidos do
mandado de segurança, para fazer o cumprimento da Lei, e posterior ingresso na Justiça
com ações de reparação de danos, com ações por danos morais, por abalo de
imagem, por abuso de autoridade - isso tudo cabível do ponto de vista da Lei.
Portanto, alerto a EPTC que cumpra a Lei, pois, pelo que eu tenho recebido de
informação, ela não está querendo cumprir a Lei, e a Lei é para ser cumprida.
Outra questão sobre a qual eu preciso fazer aqui
uma manifestação é que nós estamos no centro do debate sobre o Pontal do
Estaleiro. Esse é um assunto muito caro para a Cidade, um assunto muito importante,
que precisa, sem dúvida, de uma maturidade, ele precisa de um grande debate., ele
precisa É
preciso que se assentem as bases para uma tomada de decisão de longo
tempo. Recebemos aqui manifestações da Agapan, do IAB, da Sociedade de
Engenharia, dos estudantes de Arquitetura e de muitas outras entidades da
sociedade de Porto Alegre, dos técnicos, dos responsáveis militantes e
organizados, e esse é um assunto importante, fundamental e estratégico para a
Cidade.
(Aparte anti-regimental.)
O SR. CARLOS TODESCHINI: É o Estaleiro,
sim. Não pode ser tomada, sobre esse tema, posição de modo açodado, de modo
apressado, uma vez que o que está em questão é a orla do lago Guaíba. Nós não
podemos permitir que,
em Porto Alegre,
se tenha uma replicação daquilo que acontece em Camboriú, daquilo que acontece
no Recife, daquilo que acontece em Vitória, que é uma concentração de espigões
na orla, e que isso venha em prejuízo do restante da Cidade, que é a grande
maioria. Portanto, não deve o lucro fácil, o imediatismo
irresponsável, pelas pressões e pelos interesses, não devem preponderarrem sobre o
interesse maior de toda a Cidade. O que está acontecendo é muito sério, é muito
grave, e as futuras gerações não perdoarão aqueles que se omitirem ou aqueles
que assumirem o movimento para aprovar uma lei descaracterizando a orla do
Guaíba, que é o nosso principal patrimônio paisagístico, é o nosso principal
patrimônio cultural e é a principal área de interesse do meio ambiente da
Cidade para esta e para as futuras gerações. Faço aqui a minha manifestação
sobre o tema. Muito obrigado pela atenção de todos.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Muito obrigado,
Ver. Todeschini.
O Ver. Beto Moesch está com a palavra em
Comunicações, por transposição de tempo com o Ver. Claudio Sebenelo.
O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente,
Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, estamos trazendo um assunto que,
desde que foi julgado no Tribunal Regional Federal, deveria já ter sido pautado
aqui. Esperei o período de Comunicações para isso, e casualmente o nosso
ex-Secretário de Direitos Humanos e Segurança Urbana, Kevin Krieger, está na
suplência, está com
mandato, a partir de 2009, como titular. C, coincidentemente a sua presença
é importante, porque participou desse processo.
Quando foi iniciado o
processo doO
Parque Natural Morro do Osso, iniciado seu processo, Ver. Dr. Raul, em
1974,
quando houve uma mobilização de moradores dos bairros Ipanema,
Assunção, Tristeza, Camaquã e entidades ecológicas. Foi um processo rico nos
anos 70, por incrível que pareça, de criação e de buscar identificar reservas e
Unidades de Conservação, Ver. Brasinha. Toda reserva ecológica, ao contrário de
um parque urbano, chama-se Unidade de Conservação, e Porto Alegre possui três:
José Lutzenberger, no Lami; Saint’Hilaire - que a maioria acha que é em Viamão,
administrado pela Prefeitura de Porto Alegre, desde os anos 50 - e Morro do
Osso. Após 20 anos de luta, essa comunidade conseguiu, no Plano Diretor, a
previsão de que ali, num entrave, no Morro, junto a esses bairros que acabei de
citar, pelo seu remanescente de Mata Atlântica, pelo seu remanescente de anéis
de nascentes, pelo seu remanescente de manutenção do clima da Região Sul e toda
a cidade de Porto Alegre, ali deveria se criar uma Unidade de Conservação
Municipal.,
Aaliás,
raras são as cidades, raros são os Municípios que possuem Unidades de
Conservação, Ver. Mauro Zacher, Municipais. Esse é mais um
patrimônio desta Cidade que possui oito parques urbanos, três Unidades de
Conservação e está criando a quarta, que é o Morro São Pedro. Isso é
patrimônio, isso é riqueza e isso é desenvolvimento! Desenvolvimento não é
apenas crescimento econômico, mas é desenvolvimento sustentável em que os
recursos naturais de uma cidade precisam ser tão cuidados quanto o crescimento
econômico, porque, senão, não haverá sustentabilidade e teremos as mais
diversas injustiças.
Pois essa área, no
seu Processo de efetivação pela Procuradoria do Município, fazendo os ajustes
com os proprietários para que se perfizessem 125 hectaresa de Unidade
de Conservação, prevista no Plano Diretor, esse Processo sustou, quando
chegamos, nos 90 hectaresha.
Por que não avançamos em 125 hectaresa? Por causa
de uma invasão ocorrida por uma comunidade caingangue, em abril de 2004. A Prefeitura
pediu reintegração de posse, e resposta da Justiça Federal foi a seguinte: não
há reintegração de posse para próprios municipais, vocês têm poder de polícia
para isso, e não precisam de uma decisão judicial. Isso foi o despacho da então
Juíza Federal, quando do pedido da Prefeitura para saída daquela comunidade no
Parque Natural Morro do Osso, área que é de todos e das futuras gerações. Eles
se retiraram de dentro do Parque, mas ficaram na rua que dá acesso ao Parque
até hoje.
E quando assumimos a Prefeitura ,
Ver. Kevin Krieger, propusemos e oferecemos uma área de 10 hectares, no Canta
Galo - uma área plana e não uma área de risco como é o Morro do Osso -, com
toda a infra-estrutura necessária, como na Lomba do Pinheiro hoje, que uma ONG
basca já investiu mais de um milhão de dólares. Os caingangues, em um primeiro
momento, aceitaram a proposta, gostaram, mas algumas pessoas pediram que
desistissem. O Processo andou, ganhamos o mérito na 1ª instância, e agora, Ver.
Ervino Besson, ganhamos também na 2ª instância, no Tribunal Regional Federal.
Em 1ª instância, foi a primeira vitória, em queonde se produz
as provas. Segunda vitória:, Tribunal
Regional Federal, vitória da Cidade, vitória das presentes e futuras gerações.
E temos que estar atentos, esperamos que não haja recurso para o STJ, mas, se houvertiver,
teremos que estar lá novamente, porque estamos lidando com uma das áreas mais
importantes para o desenvolvimento da cidade de Porto Alegre, o desenvolvimento
sustentável, que é a manutenção, a efetivação e ampliação do Parque Natural
Morro do Osso. Parabéns também à Procuradoria do Município, que é quem está
respondendo por nós no processo. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O Ver. Alceu Brasinha
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente,
Ver. Ervino Besson; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
eu venho a esta tribuna por um motivo de alegria, de felicidade, porque muita
gente falava que a Governadora não cumpriria com a obra da Av. Baltazar de
Oliveira Garcia. Muita gente fez campanha direto dizendo que a Av. Baltazar de
Oliveira Garcia não ficaria pronta, que a Governadora não teria palavra, e a
Governadora cumpriu. Desde o dia 28 de agosto, Ver. Todeschini, quando a
Governadora Yeda esteve na Av. Baltazar de Oliveira Garcia, não pararam mais as
obras. Hoje a Baltazar não tem mais engarrafamento, porque a pista está pronta;
só o que não está pronto ainda é o corredor de ônibus, mas, até dezembro, tudo
estará pronto.
Mais ainda, Ver. Todeschini, o cidadão que tanta
campanha fez contra a Yeda, por que ele não foi lá junto, sexta-feira,
inaugurar a Av. Baltazar de Oliveira Garcia? Ele lá não estava, ele fez
campanha em cima e dizia que a Governadora Yeda não cumpriria a palavra que
tinha dado, Ver. Luiz Braz. E V. Exª sabe que eu era um crítico da Governadora,
contava os dias que ela estava no Governo, mas quando ela foi lá, assumiu, deu
a sua palavra. Q, quero
dizer para ti que eu fiquei satisfeito de ver a Governadora abrindo a Av.
Baltazar de Oliveira Garcia, dando oportunidade àquelas pessoas, que tanto
passaram trabalho, de andar mais rápido nessa Avenida.
Ver. Todeschini, vocês já tiveram todo o tempo,
quando foram Governo, vocês levaram três anos para fazer uma simples ponte que
não tem cem metros, não fizeram. Agora, a Governadora cumpriu a sua palavra e o
comércio também ficou satisfeitíssimo, porque, quando a Governadora esteve, no
dia 28 de agosto, na Av. Baltazar, ela deu a sua palavra. E eu quero que
dizer que a Exma Governadora, tenho absoluta certeza, vai mudar
muito o Rio Grande. Muita gente que não acredita nela, pode ter certeza
absoluta de que a Governadora vai caminhar a passos
sempre olhando para frente, não olhando para trás, construindo o melhor para o
Rio Grande.
Agora que a Governadora inaugurou a Av. Baltazar
de Oliveira Garcia, certamente, daqui a pouco, vão aparecer outros padrinhos
que vão dizer que foi dinheiro não sei de onde, mas a Governadora cumpriu.
(Aparte anti-regimental do Ver. Carlos
Todeschini.)
O SR. ALCEU BRASINHA: Ver.
Todeschini, V. Exª duvidava que a Governadora terminaria a obra,. V. Exª até
jogava comigo e dizia que a Governadora não faria a obra. Mas a Governadora
terminou a obra.
(Aparte anti-regimental do Ver. Todeschini.)
O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente,
por favor, me garanta a palavra, porque o Ver. Todeschini está me atrapalhando.
Volto a falar no Projeto do Pontal do Estaleiro.
O Ver. Todeschini há pouco dizia que o Projeto andou muito rápido. O Projeto
esteve durante dois anos e meio andando no Executivo e mais sete meses nesta
Casa. É muito rápido, Vereador? Isso é rapidez, Ver. Todeschini? Então, V. Exª
não quer trabalhar! São sete meses analisando um Projeto que vai fazer bem para
a cidade de Porto Alegre, vai melhor a Cidade, vai gerar empregos, vai melhorar
o turismo, além de transformar o panorama da Cidade.
E V. Exª acha rápido? Aí é muito difícil ser
empreendedor nesta Cidade! O nosso papel aqui é o de agilizadores. Não podemos
fazer o inverso, trancar as coisas, como muita gente gosta de fazer..
Mas, Vereador, estamos aqui para
aprovar o Projeto, o que causará um dinamismo diferente na Cidade.
V. Exª mesmo está acostumado a ir a Florianópolis, ao Rio de Janeiro, à Bahia; vai lá, tira fotos bonitas, e, depois, vem mostrar as fotos tiradas.
Mas, aqui,
em Porto Alegre, V. Exª não quer. V. Exa. não quer o crescimento da
Cidade. Mas eu quero! Eu preciso que Porto Alegre seja cada vez mais importante
para mim e para a comunidade que aposta em mim e que votou em mim. Eu quero o crescimento de
Porto Alegre! Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Obrigado, Ver.
Brasinha.
A nossa querida Verª Margarete Moraes está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. MARGARETE MORAES: Querido
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, no jornal Zero Hora da
semana passada, dia 30 de outubro - portanto, depois das eleições -, saiu uma
matéria dizendo mais ou menos isto: “recorte e guarde para cobrar depois”. E aparecem
as promessas feitas pelo então candidato a Prefeito
Fogaça, em 2004, e como é que elas estão hoje.
De uma série de promessas, eu anotei apenas
três. Uma delas diz que ele iria criar Centros de Especialidades em Saúde, de
acordo com uma discussão feita no Orçamento Participativo. - Nnão foi cumprido,: não criou
nenhum Centro de Saúde.
Uma segunda promessa: um posto de saúde aberto 24 horas por dia, em oito
Regiões da Cidade - também de acordo com a definição do Orçamento
Participativo. Nada foi feito, de 2004 até agora.
Oito Unidades Básicas de Geriatria - e todas as
pessoas sabem, sobretudo os idosos da nossa Cidade, que eles são muito
maltratados.
Eu queria me reportar às atuais promessas e ao
Orçamento previsto para o ano que vem. Prometer significa garantir recursos,
não é Ver. Todeschini? No mínimo. E empenhar esses recursos; significa fazer
planejamento e ter um Orçamento razoável.
Aumentar de 90 para 200 o número de equipes de
PSF, de Saúde da Família. Não tem nenhuma previsão orçamentária - isso não é
sério;,
isso é uma piada.
Construção do Hospital da Restinga - promessa de
campanha, todas as pessoas a que assisti na televisão, que assistiram ao
Prefeito falando, lembram disso.
Bem, para 2008 estava previsto no Orçamento 618 mil
reais - execução orçamentária, zero. Não é, Ver. Dr. Goulart? Nada foi
empenhado, nada foi feito.
Para 2009, o ano que vem, tem 115 mil reais,
apenas 115 mil reais, que nós não sabemos se serão empenhados, porque eu
imagino que, com essa verba, dê apenas para desenhar o projeto.
Então, são promessas do Prefeito Fogaça, que não
se relacionam com o Orçamento que ele apresenta para esta Casa.
Sobre Educação: quanto a escolas de Ensino Fundamental, ele fala em
mais seis mil6.000
vagas; quanto a escolas infantis, mais seis mil 6.000 vagas.
Não há projetos específicos, é tudo genérico.
Então, eu acho que isso é para a gente não cobrar depois.
No caso da Cultura, arquiteta Helena, restauro
da Casa Godoy. A Casa Godoy é um exemplo único de art déco, art noveau
em Porto Alegre; fica ali na Av. Independência, foi comprada no tempo do
Prefeito Raul Pont, e já foi reconstituído e restaurado o telhado, porque obras
de restauro começam por cima. Mas é uma obra cara.
Dez Casas de Leitura na periferia. Eu saúdo o Prefeito por isso.
Obras do Sambódromo - o que falta é a construção
das arquibancadas, porque o Ver. Guilherme, quando era Secretário, e o Prefeito
João Verle construíram toda a infra-estrutura e algumas oficinas de arte; agora
tem mais oficinas de arte, só faltam as arquibancadas.
Quanto aoO Auditório Araújo Vianna, - não se sabe como vai ficar, esse que é um
monumento ao abandonadoo na cidade de
Porto Alegre.
Praça da Alfândega - reforma; bem, a dotação
prevista - é importante que as pessoas ouçam e prestem atenção - é de 5 milhões
e 690 mil reais apenas, sendo que 3 milhões e 300 mil reais são para o Projeto
Monumenta - e aí pega a Praça da Alfândega -, que é bancado a fundo perdido
pelo BID e pelo Governo Federal.
Eu, sinceramente, desejo que essas obras
ocorram, mas não há recursos suficientes nem para começar.
Então, quando nós analisamos o Orçamento, nós
temos que comparar este Orçamento com as promessas feitas na campanha e ver se
não são apenas promessas, porque, aí, cada vez mais, a população fica
desiludida e não acredita na política e nos políticos.
Voltando, em relação ao DEP - recuperação do
sistema de drenagem: 10 mil reais. DMLU – Ecoparque: 10 mil reais. São janelas.
Janelas no Orçamento significam uma verba mínima para garantir a busca, quem
sabe, de recursos em outros órgãos; nós sabemos disso e são importantes. Só que
são instrumentos excepcionais na confecção do Orçamento, e, agora, elas estão
se constituindo como regra.
O que não tem nenhuma janela, o que está
explícito, claro e transparente, diz respeito à verba da publicidade e
consultoria. Aí tem 12 milhões de reais para a publicidade e consultoria. Quero
dizer que foi o Governo Municipal que mais gastou em publicidade e que as
consultorias, que cada vez aumentam mais, também significam uma desvalorização
do quadro funcional da Prefeitura.
Depois, eu queria falar sobre os idosos. Vou falar outro dia, e, mais uma vez ainda, sobre o Pontal do Estaleiro; se eu tiver outra oportunidade, Ver. Brasinha, nós vamos continuar debatendo. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Obrigado, Verª
Margarete Moraes.
O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra em
Comunicações.
Essa seqüência
progressista que os clubes promovem nas cidades têm como seqüela, a melhor
possível, monumentos como este do Rio de Janeiro - onde existe um estádio que é
modelo para o mundo inteiro: hoje, apesar da falta de cuidado dele, que é o
Engenhão. O Engenhão é, hoje, um estádio belíssimo, herança do Pan-Aamericano, um
estádio olímpico, com todas as atividades olímpicas atléticas, mas nós vemos, a
exemplo de outras cidades, que já foram sede, como agora, a cidade de Pequim, o
usufruto, por parte da população, das melhorias, dos avanços, da tecnologia.
Isso, para nós, difere frontalmente de todos os outros debates feitos aqui na
Câmara, envolvendo ou não a orla do Guaíba. Porque nós queremos esse progresso,
nós queremos essa grande vantagem de ser sede, de haver jogos nas sub-sedes,
mas, principalmente, de termos um marco no desenvolvimento da cidade, gerando
emprego, gerando tecnologia, gerando benfeitorias, gerando melhoras no
transporte, gerando melhoras no comércio, na indústria, sob todos os pontos de
vista; enfim, gerando progresso. Que venha a Copa de 2014 e que esta Casa se
prepare para aprovar, na íntegra, todas as reivindicações necessárias da cidade
e dos clubes; especialmente dos clubes - que abrangem uma metade e a outra
metade da população, no mínimo. Que venha a Copa, que venham os clubes, que
venham os melhoramentos!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Ervino Besson): Obrigado, Ver. Claudio Sebenelo.
O Ver. Dr. Raul está
com a palavra em Comunicações, por transposição de tempo com o Ver. Dr.
Goulart.
O SR. DR. RAUL: Ver. Ervino Besson, na presidência dos trabalhos; Vereadores,
Vereadoras, aqueles que nos assistem,; este período de
Comunicações, eu inicio, também, reforçando que as
homenagens devem ser feitas aqui de maneira clara, como foi hoje a do
Presidente Cairoli pelos 150 anos da nossa Associação Comercial de Porto
Alegre.
Também quero dizer que faço minhas as palavras
do Ver. Sebenelo em relação à visita que aqui tivemos do Prefeito
Municipal em exercício, Eliseu Santos, do Presidente do Inter e do
Presidente do Grêmio, no sentido de trazer esse Pprojeto que é
tão importante para a Cidade e que vai realmente trazer o desenvolvimento, que
é a Copa do Mundo de 2014. T, que todos
nós queremos que Porto
Alegre seja sede da Copa do Mundo de 2014, não só pela parte
esportiva, mas também pela parte estrutural que acarreta
e pelas boas coisas que
acarretamque deixa para uma Cidade como a
nossa
para o futuro. Então, precisamos realmente fazer avançar esse
processo; não açodadamente, mas de uma maneira que realmente traga para a
Cidade os benefícios que ela tanto precisa e que ela tanto merece, não apenas
na área esportiva, mas também na área da Saúde, na área da Segurança, na área
Educacional e em tantas outras áreas nas quais somos carentes.
Eu gostaria de referir também, eu que sou médico
de Saúde Pública há tantos anos e que tenho sempre essa preocupação, o grande
projeto nacional, que é o Pprojeto das
UPAs – Unidades de Pronto Atendimento 24 hHoras. Estamos
reivindicando já há alguns meses, e eu já pautei esse tema aqui outras vezes,
junto ao Ministério da Saúde, junto à própria Secretaria Estadual da Saúde,
também, para que traga esse Pprojeto para
Porto Alegre. Porque se tratam de Unidades de Pronto Atendimento 24 hHoras, no
sentido de fazer com que as nossas emergências hospitalares, as nossas melhores
emergências - como são as do Hospital
Conceição e do Hospital de Clínicas, entre outraos -, que se
encontram superlotadas, com pessoas sentadas lado a lado, muitas vezes deitadas
em macas, em corredores
-, tenham diminuída essa superlotação,
para que possam dar um atendimento com maior qualidade, com maior
tranqüilidade, com maior conforto para essas pessoas.
Essas UPAs trazem essa facilidade, porque elas
fazem aquele “meio de campo” entre o posto de saúde, que muitas vezes fecha às
18 horas, e o hospital; ou seja, é aquela unidade que vai estar 24 horas
atendendo e proporcionando, muitas vezes, mais de 500 consultas diárias - de
500 a mil1.000
consultas diárias -, fazendo com que a pessoa não tenha que se dirigir, por
qualquer motivo, até um hospital para ser atendida numa emergência. Isso é de
grande relevância para a sociedade, e nós estamos propondo, da maneira mais
breve possível ou imediatamente, para que seja implantado justamente naquela
região.
Na sexta-feira passada, a
Governadora esteve inaugurando novamente mais uma etapa importante - a
quase a totalidade,
vamos dizer assim, fora os corredores de ônibus - da Av. Baltazar de Oliveira Garcia -,
e quem transita naquela área - realmente,
assim como falou o Ver. Brasinha, que me antecedeu -, viu o que
era e o que é hoje, não é Ver. Brasinha? A diferença é enorme. Esta Câmara
Municipal tem sua parcela de contribuição nisso, pois foram vários Vereadores
que se envolveram nessa
lutaisso – eu me incluo entre eles, pois
trabalho naquela região há muitos anos, no Passo das Pedras, Rubem Berta,
enfim. Sempre que possível me manifestei e fui à luta também com relação a esse
assunto porque é muito importante. Hoje, já se pode notar claramente a
relevância do que está sendo feito lá e muito próximo das conclusão
total da obra.
E lá na Av. Baltazar existe o
Centro Humanístico Vida, numa área do Estado, e que merece lá uma unidade 24 horas. Por
quê? Porque é uma área muito grande, uma área sub-utilizadasubutilizada, onde
existe realmente toda a infra-estrutura necessária para se colocar um projeto
dessa magnitude. Porque o Pprojeto da
UPAs consiste em containeres contêineres que lá são colocados na medida
correta e já funciona na hora. Não é nada que tenha que ser construído, é como
se fossem pré-moldados. Colocam lá os contêiaineres e, no dia seguinte, uma vez
com os recursos humanos
disponibilizados e,
os equipamentos lá colocados, já podem começar atender a população.
Então,
estamos muito empenhados nessa tarefa e acredito que vamos ter sucesso porque
não vamos desistir na primeira e nem na segunda tentativasnegativa, e as
coisas estão lá avançando. Acreditamos que isso vai-se materializar em Porto
Alegre em breves dias. Obrigado. Saúde para todos!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Ervino Besson): O Ver. Dr. Goulart está com a
palavra em Comunicações.
O SR. DR. GOULART: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, o Ver. Bernardino Vendruscolo aprovou uma Lei nesta Casa que
permite aos porto-alegrenses o parcelamento do ITBI – Imposto de Transmissão de
Bens Imóveis
- em 12doze
vezes fixas. E isso está vigorando até dezembro de 2009. Aí vocês estão
pensando: “Por que é que o Ver. Goulart está fazendo propaganda do Projeto do
Ver. Bernardino?” É para dizer que os Projetos aprovados podem ser
regulamentados e acontecerem. Aconteceu com o Ver. Bernardino - que bom! - e
ele pede que eu avise os porto-alegrenses que isso está em vigência até o fim do ano que
vem. Que bom isso!
Ouvindo as falas da Verª Margarete Moraes e do
Ver. Dr. Raul, vemos que muitas outras coisas não aconteceram. E eu acho que agora que
nós começamos a trabalhar de novo em período regular, temos de nos
mobilizar para que sejam regulamentados os Projetos que foram aprovados nesta
Casa, muitos deles por unanimidade.
Este Vereador e a Verª Maria Luiza - que não
está aqui no momento porque está recebendo, em seu gabinete, a comunidade -
fizemos um Projeto de Posto 24 horas funcionando em cada ponto cardeal da Cidade: norte,
sul, leste e oeste. Mesmo tendo sido aprovado por unanimidade, não aconteceu;
em nenhuma das duas tendências diferentes de Governo. E agora o nosso querido
Ver. Dr. Raul
batalha por um ambulatório de campanha, como aqueles usados em guerras - como a
do Vietnã e em outras -, em que um equipamento
simples representa uma grande solução: a presença do recurso humano médico -
enfermeiras, médicos auxiliares - e curativos. E são coisas que podem ser
resolvidas naquele nível; tanto que é um container.
Eu quero me irmanar a V. Exª para que isso
aconteça logo, porque está dentro do pensamento daquilo que nós aprovamos e não
conseguimos, que eram os postos 24 horas. Não aconteceu, mas d. Deverá
acontecer.
Quando terminar o meu tempo, Sr. Presidente, eu
gostaria de entrar em Grande Expediente, no tempo cedido pelo Ver. Bernardino
Vendruscolo. É Ppor isso eu
fiz, para ele, a propaganda: ele me cedeu o tempo que vou usar depois. O braço atento me pegou na explicação.
Um outro assunto que
gostaria de ver resolvido é um pouquinho mais ambicioso. N: nós
aprovamos aqui nesta Casa um Projeto de que, em vez de um posto
24 horas por região da Cidade, três unidades ficarão abertas emde
terceiro turno, das 5 horas até as 22 horas abertos. São
três por cada ponto cardeal da Ccidade,
portanto 12 pontos na
Cidade. E o que tem lá? Tem um Pediatra, um Clínico-Gera,l Cardiologista, um
Obstetra-Ginecologista, ou seja, faz pré-natal e prevenção do câncer – até aí
nenhuma novidade porque isso tem na rede básica –, mas tem uma novidade: um Urologista nestes
12 postos, nestas 12 unidades com terceiro turno de saúde...
O SR. PRESIDENTE
(Ervino Besson): Esgotado seu tempo, Vereador.
Passamos ao
O Ver. Dr. Goulart está com a
palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. Bernardino
Vendruscolo.
O SR. DR. GOULART: Obrigado, Excelência. O que acontece? Temos alguns postos de saúde,
muito poucos, geralmente PSF, que tem um médico credenciado a fazer prevenção da próstata, e todos os outros
urologistas não são da rede básica de Saúde, eles são dos hospitais. Como é que chega o homem que tem a doença da próstata e
que não sabe que tem? Ele chega através da emergência, quando tranca a urina ou
quando começa a urinar sangue, e aí é que ele vai fazer o diagnóstico para ver sede que
tem a doença. Por quê? Porque um ou outro posto faz prevenção do câncer de
próstata. E por que eu fiz este Projeto? Claro, em política, naquilo que se deixa
espaço, o espaço é tomado. Isso é uma coisa que o Executivo tinha que fazer? É!
Mas se o Executivo não faz, nós temos que apontar para o Executivo como é que
se faz. E se por acaso fizermos um projeto autorizativo dá um “rebu”
aqui na Câmara, ninguém quer projeto autorizativo, então tem que se fazer
projeto de lei, porque temos que ajudar as pessoas que precisam. Esta é uma das
missões que nós temos além da fiscalização: apresentar soluções.
Então, haveria necessidade da contratação de 12
urologistas, porque, na verdade, são 12 unidades de Saúde. Ginecologista tem na
Rede, pediatra tem na Rede, deve ter no banco de concursos; o que nós não temos
é urologista. Aí o trabalhador chega às 17h, 18h
em casa pelas 18 horas,
toma seu banho e vai fazer a sua prevenção de câncer com o urologista, ou,
simplesmente, vai ter uma conversa sobre o problema da sua potência, se está
alterada, e ele
precisa conversar com o urologista, ou ele,
simplesmente, ele vai
lá para tratar uma DST ou vai lá para , simplesmente, conversar
sobre anticoncepção. Então precisamos ter médico que faça isso para os homens.
Existe programa parade
adolescentes, programa para
ade infância, parade
gestantes, para a fase dode
climatério, para os
problemas de mama, de câncer de colo de útero, de hipertensão arterial,
mas não existe programa para o homem. Não existe no SUS programa para o homem! E por que
nós temos que voltar a falar nesse assunto? Porque acima dose 50 anos há
uma chance enorme de 10% da população estar com câncer de próstata!
Eu, o Ver. Braz, o Ver. Vidal e o Dr. Marcos
Ferreira tivemos participação em um Seminário, em queonde se
conversou sobre isso e dali ficou criado o Inprós, o Instituto da Próstata, e
nós tivemos esse dado. Esse dado nos foi encaminhado pelo Professor Ary Vargas
Souto: um em cada 10 homens,
acima de 50 anos,
pode estar com câncer de próstata.. E quanto
mais vãoai
aumentando nas décadas, mais vvai aumentando
essa proporção.
E por que vale a
pena? Porque se fizeres o diagnóstico precoce do câncer de próstata, há uma
chance enorme de cura! É que nem com ana mama: , diagnóstico
precoce é quase igual à cura, é prevenção.
O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Dr. Goulart, só
esse pronunciamento de V. Exª e o conhecimento que V. Exª tem na área já
justificam a
presença de V. Exª aqui entre os 36 Vereadores. Vossa Excelência, realmente, é
um Vereador que não pode faltar. E eu quero lembrar V. Exª de
que, também, dentro dessa área, nós aprovamos um Projeto, aqui nesta Casa,
que possibilita a gratuidade dno exame no
PSA para a verificação do câncer de próstata. E eu acredito que o que está
faltando é dar publicidade, pois, na rede do
SUS, hoje, estátem
à disposição de quem quiser fazer o exame ddo PSA.
O SR. DR. GOULART: Eu apresentei uma
saída, uma solução em que privilegia, também, o exame de toque. É muito
importante o exame de toque retal para procurar um pequeno, minúsculo, médio ou
um grande nódulo na próstata. E o Ver. Luiz Braz, paralelamente, apresentou,
ratificou a necessidade do antígeno que se descobre quando o câncer aparece na
próstata, no sangue dos homens, que é o PSA. Então, ele torna obrigatório o
pedido do PSA nas unidades de Saúde, que pode ser pedido por um clínico, que
pode ser pedido pelo ginecologista - da mulher que lá vai consultar -, e ele pode
pedir para o marido da mulher. Não há uma necessidade maior de ser um
urologista. É , é muito
mais amplo o Projeto, Ver. Luiz Braz, porque ele pode ser pedido por qualquer
médico, é um exame de sangue. Ao passo que o exame de toque, necessita,
então, de um médico especializado. que aprenda a fazer o toque. Um clínico generalista
que aprenda a fazer o toque, geralmente, os do PSA
aprendem a fazer o toque retal, e os urologistas fazem o toque retal desde o
início.
Então, eu queria
cumprimentar o Ver. Luiz Braz,, porque eu ia
citar isso mais adiante, mas não estava bem recordado de qual era o Vereador. O, e é o
Ver. Luiz Braz que fez esse importante projeto para a gratuidade
do exame, que
os homens têm de agradecer. Portanto, eu fiz propaganda do ITBI, do Ver.
Bernardino Vendruscolo e, agora, faço propaganda do PSA, do Ver. Luiz Braz. E
esta é a nossa missão, porque está, nesta Casa, o PSA liberado, mas nós não
sabemos ainda se foi regulamentado, pois tem de ser regulamentado para que os
homens saibam aonde tem que ir para fazê-lo. Q; que se
coloque em outdoor, se coloque nos postos de saúde: : HomensPeça ao
seu PSA, acima de 40 anos, peçam seu PSA..
O SR. DR. GOULART: Estou de
acordo.
O Sr. Claudio Sebenelo: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Nós temos um número ridículo de Programas
de Saúde da Família, em
queonde a investigação é básica,
especialmente a dosagem de PSA, ou qualquer outro sintoma da área
geniturinária, que poderia, perfeitamente, ser diagnosticada pelo médico
clínico. A questão do toque retal apenas evidencia o preconceito, porque, na
verdade, é como V. Exª diz, como o Dr. Carlos Ary Vargas Souto diz:, nós temos, em cada dez homens,,
um que morre. Veja que, no mínimo, 10% já é um índice de mortalbidade
muito grande na área.
O SR. DR. GOULART: Obrigado. O que
o Ver. Claudio Sebenelo quis dizer é que a rede básica, SUS, não tem
urologista. Então é necessário que se comprem serviços dos hospitais que são
conveniados pelo SUS ou que pertençam ao Governo, como é o caso do Hospital
Conceição, do Hospital de Clínicas, que pertencem ao Governo; mas não é o caso
do Hospital da PUC, que é conveniado.
Ver. Brasinha, se V. Exª tem mais que 40 anos,
deve fazer o PSA e o toque retal!
O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Humberto Goulart, quero dizer para o
senhor que esse seu discurso é esclarecedor para nós, homens, e quero dizer que
o senhor está de parabéns. Agora, gostei quando o senhor “traduziu”, porque eu
não consegui entender o Sebenelo, mas o senhor imediatamente “traduziu”
para mim, que sou leigo. Obrigado.
O SR. DR. GOULART: Obrigado.
Então, vocês imaginem, meus caros Vereadores, quanto trabalho nós temos pela
frente., eE agora, com o Eliseu
Santos sendo, provável, possível e desejavelmente o nosso Secretário de Saúde, desde o início, nós
teremos quatro anos para que o Secretário de Saúde Eliseu Santos, nosso heróico
ex-Prefeito da Cidade,
a partir do dia 1º de janeiro, monte todas essas linhas de políticas de Saúde
pública.
O Hospital da Restinga não precisa de muito
dinheiro público no momento, porque ele é um hospital que será construído com o
dinheiro do Hospital Moinhos de Vento. O dinheiro do Hospital da Restinga é
público de maneira indireta, não é de maneira direta. O Hospital Moinhos de
Vento ganhou a filantropia que o Governo Lula e o nosso Ministro Temporão
regulamentaram há poucos meses; ganhou a filantropia e, com isso, ele tem uma
renúncia fiscal muito alta no INSS. Com esse dinheiro é que ele vai fazer o Hospital da Restinga,
por isso não há necessidade de estar no Orçamento. Algum dinheirinho, para
começar, como eu e o Ver. Comassetto deixamos, de maneira simbólica. - uUm dinheirinho, não;: deixamos 1 milhão e 400 mil reais -, mas,
para um hospital, é um dinheirinho - paraode mostrar como
esta Casa também estava ajudando a fazer o Hospital da Restinga. Mas o dinheiro
é do Hospital Moinhos de Vento, ele é que vai manter o Hospital dentro da linha
de Saúde pública do Governo Municipal, que é quem dirige, quem deveria dirigir o
Hospital Conceição, o Clínicas e todos juntos, porque a Saúde aqui é
municipalizada na sua integralidade. Quem é o Chefe de Estado da Saúde do
Município de Porto Alegre? Eliseu Santos e o Prefeito. Então, todos os pontos
de Saúde devem convergir para a sua política principal, mesmo sendo federal, do
MEC ou do Ministério da Saúde; eles têm que trabalhar em conjunto para que não
haja uma desunião e para que haja o que o Ver. Sebenelo disse, que é uma boa
composição administrativa.
O Ver. Brasinha pediu que eu falasse no Pontal do
Estaleiro. Tenho pouco tempo para falar agora, mas acho que nós temos que
discutir mais. Gosto muito da linha do Ver. Braz, que diz que a gente deve fazer o adianto que a Cidade
está precisando, que é o Pontal do Estaleiro, mas que deve haver algumas
contrapartidas importantes que justifiquem o grande, belo, bonito e magnânimo
empreendimento. Na próxima vez, vou falar bastante tempo sobre o Pontal do Estaleiro, quando nós
falarmos no glorioso Internacional e também no nosso querido co-irmão. Aliás,
os dois ontem tiveram problemas. Mas não faz mal, não justifica que a gente não
se debruce sobre as grandes arenas que querem fazer. Vamos nos debruçar sobre o
Pontal do Estaleiro, observando o que o experiente e inteligente Ver. Braz tem
nos dito, que algumas contrapartidas têm que acontecer para que o Pontal do
Estaleiro possa passar com muito mais facilidade nesta Casa, porque Porto
Alegre precisa crescer, Brasinha! E eu quero cumprimentar sua luta na questão dapela
Av. Baltazar de Oliveira Garcia, o último assunto, aqui nesta tribuna, onde V.
Exª aprimorou o seu discurso. Hoje o Brasinha fala como um estadista, e falou
agradecendo pela
Av. Baltazar de Oliveira Garcia. Eu quero cumprimentá-lo em nome da minha querida Bancada
trabalhista e em meu nome: parabéns, Brasinha, por mais essa luta conquistada.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O Ver. Beto
Moesch está com a palavra em Grande Expediente.
O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente,
Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, o tema que me traz a esta tribuna
é o Estaleiro Só, mas, antes, eu gostaria de colocar, Vereadores Humberto
Goulart e Brasinha - em razão de os senhores terem falado sobre a Av. Baltazar
de Oliveira Garcia, e nós licenciamos esse empreendimento -, que eu nunca me esqueço
do então Secretário que não entendia, na nossa licença ambiental, Ver. Haroldo
de Souza, como, num empreendimento tão importante para Cidade, que é transporte
coletivo, integração de transportes, fluidez, enfim, ainda se exigem
contrapartidas e compensações ambientais. Realmente, nós estamos no século XXI,
e nós não entendemos que um valor não se sobrepõe a outro. Se nós fizermos uma
creche, uma escola, uma avenida, uma melhoria para o transporte coletivo, isso
é um bem, Ver. Sebenelo, mas isso pode estar impactando outros bens,
e isso precisa ser harmonizado. Por isso o princípio da prevenção, o princípio
das medidas a evitar, mitigar e compensar os impactos negativos. Estou
colocando isso, porque o então Secretário de Estado não entendia. Nós estamos
reformulando completamente a praça da Vila Timbaúva, por exemplo, que é uma
necessidade. As pessoas falam em creches, mas não falam em praças com playground, com canchas esportivas, tão
importantes quanto creches e escolas, tão importantes quanto, Ver. Goulart,
postos de saúde. Infeliz do povo que não tem essas benfeitorias ao seu redor. E
daí a insegurança. E temos, Ver. Brasinha, pela história da Cidade -, não por um ou por
outro Governo -, 570
praças, todas, ou quase todas, com playground
e canchas esportivas. É isso que a comunidade quer. Portanto, querer dizer
que uma creche ou,
uma escola são, é
mais importante que uma praça ou um parque, significa não entender de qualidade de
vida. Aliás, é justamente isso que disse a Agapan, quando esteve aqui em
Tribuna Popular - e eu vou fazer aqui um diálogo com o Estaleiro Só.(Lê): “Nos últimos
anos, Porto Alegre tem perdido pontuação na classificação mundial das cidades com
a melhor qualidade de vida. HáA
continuação das tendências atuais de ocupação crescente dos espaços públicos
urbanos.” E daí as áreas verdes, porque querem transformar as áreas verdes em
creches e postos de saúde. Por que não fazem isso numa avenida? Ou uma avenida
é mais importante do que uma área verde? É mais importante? Está comprovado
cientificamente que não. Daí a insegurança também.
A continuação das tendências atuais de ocupação
crescente dos espaços públicos urbanos e paisagísticos atualmente nos coloca na
contramão da história.
Ver. Claudio Sebenelo, os bairros da Cidade,
vários deles, se transformaram em verdadeiros canteiros de obras, não há mais
qualidade de vida nessas áreas, não há. E nós não podemos transformar a orla do
Guaíba em um dos bairros tradicionais da Cidade como hoje ocorreé. Uma cidade não
precisa apenas de prédios; muito mais do que isso, precisa de áreas livres,
livres para as crianças se desenvolverem, Ver. Dr. Goulart; não é só de
medicamento e de posto de saúde que nós precisamos. Precisamos de áreas livres
para as nossas crianças. Os nossos bairros viraram canteiros de obras pelo
atual Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental. Existia lá uma
reserva técnica das aberrações previstas no atual Plano, para os nossos
bairros, aberrações urbanísticas, de prédios de 52 metros de altura, em
Petrópolis, Moinhos de Vento, Menino Deus, etc. Essas são verdadeiras
aberrações urbanísticas previstas no atual Plano Diretor de Desenvolvimento
Urbano e Ambiental. Esse Plano tinha ao menos uma reserva técnica, que era para
a orla, mas essa reserva técnica - e aí é que a boiada entrou, não foi agora
com Projeto de Lei -, essa concessão foi dada pela atual Lei Complementar nº
470, que previu, pela primeira vez, em virtude da massa falida do Estaleiro Só:
“Não, ali vamos abrir uma exceção, vamos permitir prédios naquela área.” Entrou
a boiada.
O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Beto Moesch, eu só quero voltar um
pouquinho, porque eu freqüentei, e não foi uma e nem duas vezes, as praças que
o senhor deixou maravilhosamente bonitas e boas. Um dia, eu estava numa praça,
e chegou uma senhora e disse: “Esse senhor, Beto Moesch, está de parabéns
porque tem feito muito.” Uma praça que estava abandonada, simplesmente ficoutu bonita, e está
até hoje lá. Meus parabéns.
Agora eu quero voltar, Vereador, se permite, ao
Pontal do Estaleiro. Eu vejo o Pontal do Estaleiro como um projeto bom para a
Cidade, Vereador, porque vai trazer arrecadação, empregos e mais ainda: vai
haver um espaço aberto para as pessoas circularem e aproveitarem aquele espaço.
Obrigado, Vereador.
Então, houve algumas autorizações em Porto
Alegre que fizeram aquilo que o Ver. Beto Moesch salientou há pouco: abriu-se a
porteira, veio toda a boiada. Agora ninguém segura mais, é o estouro da boiada!
O SR. BETO MOESCH: Obrigado, Vers.
Dr. Goulart, Sebenelo e Brasinha. Isso também é importante, Porto Alegre tem
uma história de criação de áreas verdes, que começa no século. XVIII, é
intensificada na décadaos anos
de 1920, normatizada,
de forma expressa, na
década de 1940,
quando passou a ser obrigatória ao loteador a destinação de praça. Na décadaos anos
de 1970, além de
haver a destinação de praça, essa passou a ter que ser executada. Porto Alegre,
novamente, sendo pioneira.
Criamos, na
atual gestão, os ‘Diálogos na Praça’, de onde surgiram as reformas completas de
praças, como aquela em frente à Igreja Nossa Senhora do Trabalho, uma praça
imensa, e outras. Temos certeza de que, por causa dessa história, Porto Alegre
é uma das metrópoles com mais praças, com mais parques, com mais áreas verdes
nativas e com maior número de árvores dentre as metrópoles do mundo! Isso em
virtude da sua história.
Quero aproveitar para dizer, Ver. Humberto
Goulart, Ver. Luiz Braz, Relator do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e
Ambiental, que o Parque Germânia é um parque público, tanto quanto a Redenção!
O empreendedor acha que é dele, diz que é privado, e não foi explicado direito
por um jornal, na época, em 2006, mas o Parque Germânia é público. Tem gente
que acha que ele é do Jardim Europa; não, é uma contrapartida, obrigatória por
Lei, uma conquista da sociedade, tão-somente da sociedade, com alguns atores,
como o Poder Público e o empreendedor, que colaboraram nesse processo, mas a
legislação é tranqüila nesse sentido. Mas já estava previsto, e aqui eu lembro,
porque há uma proposta de alteração do Plano Diretor. Ver. Sebenelo, só o
Parque Germânia, V. Exª tem razão, não seria suficiente para minimizar o impacto
de que eu falava agora, Ver. Goulart, Ver. Brasinha, da Av. Baltazar. O que vem
a ser “minimizar o impacto”? Se para a Av. Baltazar serve, não é diferente para o
Jardim Europa! Apenas o Parque Germânia não era suficiente - e os estudos
comprovaram - para minimizar os impactos negativos. Criamos ali, em 2005, a
Área Livre Vegetada, um Projeto que tramita aqui, que determina um mínimo de
20% - não é 80%; é 20% - do terreno preservado. Será que é difícil isso? Não sãoé 80%; sãoé 20%! Onde é que está o discurso do
desenvolvimento sustentável? Onde é que está o discurso de uma cidade
sustentável, justa, harmônica, que respeita os seus cidadãos, se não se
consegue aprovar em lei a Área Livre Vegetada ou Reserva Legal Urbana?
Vejam
como tudo se comunica: Estaleiro Só, Av. Baltazar de Oliveira Garcia, Jardim
Europa, Parque Germânia. Essa é a visão que o Plano Diretor de Desenvolvimento
Urbano e Ambiental deveria ter e não tem. Há dois Planos: tem o Plano Diretor,
mas tem um segundo Plano, lá dentro, que são os Projetos Especiais. Aí pode
tudo, para os técnicos das Secretarias que fazem parte da Cauge, esquecem ,botam de lado o que está no Plano
Diretor. esquece, bota
de lado. Claro, há os princípios, etc., mas temos dois Planos
Diretores. Tanto é que, pelo atual Plano Diretor, se o colocarmos em prática,
podemos ter uma Cidade de 20 milhões de habitantes! Esse, telespectadores do
Canal 16, é o Plano Diretor de Porto Alegre que vige desde 2000. É possível ter
uma Cidade de 20 milhões de habitantes! E é por isso que os bairros da Cidade
estão acabando, como Petrópolis, Menino Deus, só para ficar com dois exemplos.
O que havia de reserva nesse Plano Diretor – porque há algumas coisas boas –
era a orla, e, no final de 2001, surge um Projeto de Lei para mudar e dar destino
para aquela área. Começa, em 2001, o problema do Estaleiro Só em virtude de sua
massa falida, e não por causa do Projeto de Lei que está em curso. A Cidade não
sabe direito disso ainda. Ali entrou a boiada! Não poderiam ter dado a
concessão para a massa falida do Estaleiro Só.
Uma cidade, o seu Parlamento, o seu Executivo
não legislam e não fazem as coisas para uma empresa e seus empregados. Não
podem fazer para um segmento. Esta Casa deve legislar para a Cidade toda e para
as futuras gerações. Ali começou o erro, e fui o único Vereador que votou
contra, por isso, porque não admitia um Projeto de Lei desses sem Audiência
Pública, sem a participação da sociedade. Foi aprovado no final de 2001, e a
Lei nº 470 passou a viger em janeiro de 2002. Ali começa o problema do
Estaleiro Só, ali entrou a boiada! Nós não podemos legislar para um segmento!
O Sr. João Bosco Vaz: V. Exª permite
um aparte?
O SR. BETO MOESCH: Ver. João Bosco
Vaz, dou-lhe um aparte em tempo de Grande Expediente. Por favor.
O Sr. João Bosco Vaz: V. Exª sabe
que reconheço sua capacidade, mas tenho dúvidas em questões do meio ambiente.
V. Exª fala em compensação, está correto. Como é que o PT autorizou, nesse shopping
novo, construírem três torres de 23 andares, cada uma na beira do rio? Como é que o PT
autorizou a construção daquele monstrengo prédio, na beira do rio, o Museu
Iberê Camargo? O Museu, em si, é maravilhoso – , mas aquele
monstrengo na beira do rio? Isso teve compensação também ou não?
O SR. PRESIDENTE
(Ervino Besson): Encerrado o tempo destinado ao
Grande Expediente.
O Ver. Beto Moesch
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. BETO MOESCH: Isso é algo que poucos juristas, poucos promotores, juízes, advogados e
técnicos de órgãos ambientais entendem; imaginem para quem não é dessa área! O que é o
Sisnama? É o Sistema Nacional do Meio Ambiente, Lei Federal nº 6.938, de 1981,
que institui a política nacional do meio ambiente.
Quando a compensação ambiental é demasiada, a
licença ambiental é frágil, porque não se priorizaram medidas para evitar
impactos negativos e para minimizá-los, restando as compensações.
Então, acabamos com uma floresta e compensamos com
uma nova floresta. Não se planta uma floresta, plantam-se mudas de árvores. U, uma floresta leva
cem anos para surgir, cem anos para termos uma floresta. Não se planta uma floresta,
portanto, não se compensa uma floresta. Não se compensa a floresta! Essa é uma
questão técnica! Tu vais evitar e minimizar a retirada substancial da floresta,
usando-a, sim, com um plano de manejo, mas não acabando com a floresta para
compensá-la. Por isso a Área Livre Vegetada nos terrenos urbanos de Porto
Alegre tramita nesta Casa, para contribuir com a alteração do Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano e Ambiental. Por isso, simplesmente por isso! Nós
devemos usar a floresta e não acabar com ela. Nós devemos usar a orla e não
acabar com ela, mesmo sendo um pontal, mesmo sendo uma pequena península. É a
minha opinião.
E trago o assunto
Estaleiro Só. Vejam que comecei com a Av. Baltazar de Oliveira Garcia,
aproveitando os pronunciamentos dos Vereadores Brasinha e Humberto Goulart,
porque o então empreendedor, que era o Estado, não entendia: “Mas como
compensações ambientais, se essa obra só traz bem para a população?” Século
XXI! É por isso que as poPolíticas
pPúblicas não
avançam, por desconhecimento dos princípios basilares da Constituição Federal.
E recorro, novamente,
à Agapan, que traz exemplos, Ver. Bosco, de orlas como a de Camboriú
- e todo mundo quer fugir de lá agora -,; de Capão da Canoa,; de Recife,; e de Copacabana.
Copacabana foi o metro quadrado mais valorizado do mundo;, hoje é dos menos valorizados. A
maior ocupação humana por metro quadrado do mundo está em Copacabana, porque
não se planejou, porque a sociedade não participou do processo, é a visão do
curtíssimo prazo em detrimento doda de longo prazo. E já estão pensando
em revitalizar Copacabana. Com dinheiro de quem? Do público. Uma meia dúzia de pessoas privatiza,uma meia dúzia
lucra com uma privatização e quer socializar aqueles prejuízos. Privatização
dos lucros e socialização dos prejuízos é o que estaremos fazendo com o
Estaleiro Só daqui a cem100
anos, se ele for erguido. Esse Projeto de Lei, que está em curso, vai-se
transformar em um novo Estaleiro Só, se nós não planejarmos. Eu não estou
dizendo que o Projeto de Lei é todo ruim;, há coisas muito boas no Projeto de
Lei, mas não pode-se admitir o aumento do índice construtivo. O Plano Diretor,
ao menos no que se refere à orla, pensou em preservá-la e dar um uso de baixo
impacto, visando a evitar
e minimizar impactos para não precisar compensar, Ver. Braz! Como que, em 2001,
nós alteramos o Plano Diretor para fazer um casuísmo ali no Pontal do
Estaleiro, para a massa falida do Estaleiro Só? Vamos fazer um novo casuísmo
agora, aumentando, novamente, o índice construtivo de um para um e cinqüenta?
Ao menos agora houve Audiência Pública, porque em 2001 não houve, mas Audiência
Pública é muito pouco.
Vamos aproveitar o debate do Estaleiro Só para
mostrar que Porto Alegre não merece o Plano Diretor que tem, e o pouco que há
de bom ali não foi regulamentado ainda, como as ciclovias, como a orla, como as
áreas de proteção do ambiente natural, que estão lá em mapas imensos, mas não
se coloca em prática. Só se coloca em prática, desse Plano Diretor que está aí,
o que impacta negativamente a Cidade, o que gera conflito, e esta Casa não pode
permitir isso. Se o Executivo tem errado, nesses últimos anos, e todos eles têm
errado, esta Casa tem o dever de não permitir que nós continuemos a errar,
porque há muito conflito aí, e está na hora de dirimir os conflitos, por um
Plano Diretor de consenso, por um Pontal de consenso! É isso que esta Casa
precisaria fazer de uma vez por todas! Isso é democracia e este é o papel deste
Parlamento: buscar o consenso e tão-somente o consenso, que há anos não se vê
nesta Cidade! Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Obrigado, Ver.
Beto Moesch.
Passamos à
(05 oradores/10 minutos/com aparte)
4ª SESSÃO
PROC. Nº
5938/08 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 050/08, que estima a
Receita e fixa a Despesa do Município de Porto Alegre para o exercício
econômico-financeiro de 2009.
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O Ver.
Professor Garcia está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente,
Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, vamos continuar discutindo o
Orçamento. Quero ressaltar novamente que o Orçamento previsto para o ano de
2009 são 3 bilhões, 257 milhões, 856 mil reais. Dentro disso, no tocante às ações
desenvolvidas pelo Poder Público Municipal, eu quero ressaltar quatro itens que
são relevantes, no meu entendimento. Primeiro, sobre a visão do ponto de vista
de desenvolvimento da economia local. Até então eu não tinha abordado este
assunto: desenvolvimento da economia local. Dentro de mais alguns dias será
inaugurado o Centro Popular de Compras, em que 800 camelôs terão a oportunidade
de, ao longo de determinado tempo, tornar-se microempresários.
Também quero ressaltar a questão do pólo
moveleiro lá no Parque Industrial da Restinga, que também está mudando. a cara.
Durante muitos anos, falou-se que existia o Distrito Industrial da Restinga,
mas que estava atirado. Lá foram colocadas mais de 25 novas empresas, e está-se
criando lá um pólo moveleiro, ou seja, em Porto Alegre, na Restinga, está-se
criando um parque para a fabricação de móveis.
Quero também ressaltar a maior ocupação
empresarial do Porto Seco e a duplicação naquela região... Nnós aqui votamos
uma Emenda, construída com a aquiescência de todos os Vereadores, no valor de
um milhão e 500 mil reais.
E quero ressaltar o que estáa previsto para que os telespectadores
entendam um pouco o que Porto Alegre recebe, dentro das receitas próprias,
aquelas receitas que saem do bolso de cada um de nós, cidadãos contribuintes da
Cidade., recebe.
Por exemplo, para o IPTU está prevista uma
arrecadação de 243 milhões, e isso equivale a 7,49% do Orçamento.
Para o ISSQN, taxa de serviços, que varia entre
2% e 5%, dependendo
da atividade comercial desenvolvida, está prevista uma arrecadação no valor de
397 milhões.
Para o ITBI, que é a Taxa de Transferência de
Bens e Imóveis, há uma previsão de 159 milhões de reais.
Com referência ao Imposto de Renda devolvido aos
cofres municipais, está previsto o valor de 123 milhões de reais.
Outro dia falamos nas receitas de transferência,
e hoje falo das receitas próprias, porque estão previstos mais de 300 milhões
para o próximo ano em termos de investimentos. E, aqui, há as tabelas dos
principais investimentos previstos.
Quero falar da questão do DEP; estão previstos,
na parte de saneamento, investimentos no valor de 17 milhões.
Na drenagem urbana, tantas vezes criticada aqui,
o Prefeito Fogaça está prevendo 7 milhões para a melhoria na drenagem.
Para o Projeto Monumenta, que é junto com o
Governo Federal, Secretaria Municipal de Cultura, estão previstos 3 milhões,
299 mil reais.
Pavimentação de vias. Os senhores e as senhoras
estão assistindo que Porto Alegre está tendodando uma cara
nova, porque o asfalto da nossa Cidade estava defasado, em termos de melhorias,
de conserto; muito foi feito este ano, mas estão previstos, já para o próximo,
ano, 12 milhões, 170
mil reais.
Ampliação da iluminação pública, 6 milhões de
reais.
A questão das obras viárias do Projeto Integrado
Entrada da Cidade. Hoje quem tem a oportunidade de passar pela freeway nota
que aquela região já alterou, e muito, a sua aparênciaface. Então, ali
também estão previstas algumas alterações em obras viárias. E sem contar que já
foi inaugurado, há poucos dias, o Viaduto Leonel Brizola, que liga a região Sul
da Cidade até a região do Humaitá, fazendo uma conexão com a BR, com saída
fácil para outros locais.
A questão das escolas -, que muito já foi
falado aqui -,
tem uma previsão, para a SMED, para o próximo ano, Secretaria Municipal de
Educação, ampliação e manutenção do Ensino Fundamental, de 13 milhões, 651 mil reais. E, no Ensino
Infantil, 5 milhões, 870 mil reais.
Ou seja, cada vez mais esta questão que mudou a
legislação e prevê que,
de zero a seis anos, é
uma obrigação e responsabilidade do Município... Então, a cidade de Porto
Alegre, no ano que vem, vai ter um investimento de quase 6 milhões de reais
para a ampliação e manutenção do Ensino Infantil. Mas também está preocupada
com a questão da manutenção do Ensino Especial e vai ter quase 400 mil reais
para trabalhar um pouco,
principalmente com a acessibilidade. , aAcessibilidade essa que é tão discutida,
porque sabemos que muitas vezes as nossas escolas têm algumas dificuldades,
como rampas de acesso, portas... Por exemplo, há vários lugares que hoje não
teriam condições de ter uma porta com entrada para cadeirantes, ou para ser
feita a entrada em sala de aula, ou mesmo até para utilizar um banheiro. Então
essas são situações novas que, aos poucos, estão fazendo essa interação, da Cidade com a sociedade, e mostrando que a
questão da inclusão social é algo latente, porque, alguns anos atrás, as
pessoas portadoras de deficiência física ou de deficiência mental, as suas
famílias, muitas vezes, as isolavam, e hoje isso não acontece. Felizmente mudou
esse conceito, e eles fazem parte do cotidiano da Cidade, só que a Cidade ainda
não se adaptou a isso. Então, precisamos todos de uma transformação social e,
principalmente, visando a questão da inclusão social.
Também quero falar um pouco na questão dos
corredores e da estação dos terminais do transporte público; que está estão previstos quase três milhões e
meio de reais. A Secretaria Municipal da Saúde, por exemplo, vai ter na saúde
básica especializada quase quatro milhões; o Fundo Municipal da Saúde, cinco
milhões, em termos de
saúde básica nos atendimentos aos Postos de Saúde, sem contar que o HPS vai
ganhar quase quatro milhões para a sua reestruturação. Está previsto também na
SMAM uma recuperação e manutenção nas áreas de lazer, mais de um milhão de
reais para poder cuidar daquilo
que se preocupa muito, que é a questão das praças e parques públicos da nossa
Cidade.
Tem a questão
do DEMHAB,
que eu quero ressaltar também, que, em termos habitacionais, estãoá previstos para o próximo ano 42
milhões de reais para a construção de novas habitações emde Porto Alegre, e dez milhões e 500
mil reais para o trabalho de cooperativismo, aquelas pequenas cooperativas que
são criadas visando a beneficiar
um grupo de pessoas na aquisição do terreno, e o Município, em contrapartida, vai
disponibilizar de dez milhões e 500 mil para poder ajudar na infra-estrutura,
saneamento básico, para dar o mínimo de condições para aquelas cooperativas.
Claro que isso, depois, a própria cooperativa ressarcei o Poder Público com a questão do
investimento.
O SR. PRESIDENTE
(Ervino Besson): Obrigado, Ver. Carlos Alberto
Garcia.
O Ver. Carlos
Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
O SR. CARLOS
COMASSETTO: Ver. Ervino Besson, na presidência dos trabalhos;
colegas Vereadores, Vereadoras, na
última Sessão que discutimos o Orçamento, trouxemos a este Pplenário algumas observações.
Primeiro, dissemos que a proposta de Orçamento que está sendo apresentada pelo
Executivo está superdimensionada na realidade de arrecadação do Município.; sSegundo, cobrávamos e
continuamos cobrando o investimento, a realização do Orçamento de 2008.
Portanto, quando a Peça Orçamentária vem para esta Casa, não basta discutirmos
e emendarmos;,
nós temos que fiscalizar a sua aplicação.
Aí, Sr. Presidente,
os investimentos orçados no Orçamento do Município para este ano foram de 316
milhões; houve apenas 107 milhões empenhados. Sabe quanto foi liquidado até
então? Setenta e cinco milhões. Ver. Elói Guimarães e Ver. Luiz Braz, se
aprovamos o Orçamento de 316 milhões, como se justifica que, até o momento,
foram empenhados somente 75 milhões desse Orçamento? O prejuízo é desta Cidade.
Quando discutimos
aqui um plano de investimento, é para ser executado; não é um plano de
investimento, na linguagem popular, “para inglês ver”, é para ser executado.
Vou trazer alguns exemplos desse investimento que foi aprovado aqui e de
projetos que estão alocados no Município, como a Secretaria Municipal de
Transportes. Nós percebemos, no dia-a-dia, o caos que está se transformando o
sistema viário de Porto Alegre. É pelo aumento do número de automóveis? É, mas
também é pela falta de projetos estruturadores. Então, a não-execução do
Programa Cidade Acessível é uma das explicações para o trânsito que temos hoje
em Porto Alegre. Até o momento, os 11 Projetos da Cidade Acessível têm execução
zero, que são aé
sinalização das vias estruturadoras, sinalização dos semáforos, ação para
pedestres e assim por diante. Do Plano Diretor de Transporte, foi executado
sabem quanto? Zero, até o momento. E o Plano Diretor Cicloviário, que foi
anunciado neste ano, com grandes manchetes, que fechariam, neste ano, com 18
quilômetros de ciclovias. Onde estão os 18 quilômetros? Sabem quanto foi
investido até agora? Zero. Os senhores e as senhoras ouvintes, sabem quanto que
a Secretaria Municipal de Transportes aplicou em publicidade? Quatrocentos e
quarenta e um mil. Publicidade para quê, se a aplicação de seus planos foiram zero?
E tem mais. Vamos
para a Secretaria da Saúde, que é tão faladao aqui. No Programa Receita é a Saúde,
no Projeto Comunidades Terapêuticas, sabe quanto foi investido, Ver. Dr.
Goulart, V. Exª que é médico? Zero, até agora. No Projeto do Controle da Anemia
Falciforme, que é a anemia que atinge a raça negra, sabem quanto foi aplicado,
investido? Zero. Projetos de Farmácias distritais e Ação e Geriatria,
tiveram execução zero; mais oito projetos do Programa Bem-Mme-Quer, e, Porto Alegre das Mulheres, também: aplicação zero.
O meu papel, aqui, é mostrar para a população que,
no momento em que vem para esta Câmara um projeto de Orçamento e que nós
discutimos e emendamos, esse Projeto tem que ser executado no momento de sua
aprovação, senão fica projeto “para inglês ver” e a sociedade esperando que os
projetos sejam realizados. Agora, na mesma Secretaria de Saúde, sabem quanto
foi gasto em publicidade? Cento e cinqüenta e três mil reais de publicidade,
enquanto que no
Projeto Bem-Me-Quer e Porto Alegre das Mulheres a aplicação até agora, no final
de setembro, foi zero.
Vamos para a SMAM, Secretaria do Meio Ambiente,
que é qualidade de vida, que está associada com a Saúde, e há pouco eu ouvi um
discurso, aqui, em defesa da orla e das praças. O abandono das praças, dos parques, das áreas verdes da Cidade
é uma realidade. NoO
Programa Cidade Integrada, Programa Orla do Guaíba e Serviços Arborizados,
sabem quanto foi investido do Orçamento? Zero. O Porto Verde, que é o Plano de
Manejo de Unidades de Conservação, Plano de Educação Ambiental de Porto Alegre,
Conservação das Áreas e Preservação do Meio Ambiente, Qualificação e Manejo de
Praças e Parques, sabem quanto foi aplicado até o momento? Zero. No Plano
Gestão Ambiental do Programa Socioambiental, que é a contrapartida para o
Projeto com recursos que vierameio
do BID e do Governo Federal, até o momento, ndo Socioambiental foi aplicado também
zero. Na recuperação e melhoria das áreas de lazer do PIEC, que é na entrada da
cidade, foi aplicado também zero. Ver. Brasinha, aqui, do arroio Dilúvio, que é
o Pró-Dilúvio, este foi gasto. Sabem quanto? Hum mil e trezentos reais. Tudo no
site da Prefeitura de Porto Alegre.
Vou continuar, na minha próxima fala, falando
dos demais investimentos não realizados até então. Agora, eu quero dizer para
os senhores e senhoras que os gastos em publicidade do Executivo Municipal, nos
três primeiros meses, forami
de 9 milhões e 42 mil reais. Nesse mesmo período, sabem quanto se gastou na
Saúde, na Educação e no Transporte? Se gastou 5,2 milhões. Enquanto em
publicidade se gastou 9 milhões;, na Saúde, na Educação e no
Transporte se gastou 5 milhões. Portanto, o atual Orçamento do Município..., nós queremos, sim.
E não é um Vereador de oposição que está falandfalandoo,
é um legislador. E eu convido todos os colegas a quererem também saber onde
está a aplicação do Orçamento que nós aprovamos aqui nesta Casa, em 2007, e
que, neste momento, que estamos já no dia 03 de novembro,
deveria estar, no mínimo, com 80% a 85% aplicado. E nós temos aplicado, até o
momento, 23,8% do Orçamento de 2008. Isso dá 75,2 milhões, Ver. Alceu Brasinha,
de um total de 316 milhões que nós aprovamos, aqui, para investimentos.
Eu trago aqui esses números, porque eu quero
fazer um debate com os colegas Vereadores, e quero que o Executivo venha aqui
dizer por que não foi aplicado.
Enquanto isto, Ver. Dr. Goulart, eu ouvi
atentamente a sua fala sobre o Hospital da Restinga, e quando falava dos outros projetos: do
Posto de Saúde da Castelo, que foi fechado no Governo Fogaça; do Posto de Saúde
que nós aprovamos aqui, do Chapéu do Sol, quando o dinheiro ficou em Caixa em
2006, 2007 e em 2008, e não foi construído; ou do Núcleo
Esperança, lá da Restinga; ou dos Postos do Murialdo, que foram recebidos do
Governo do Estado agora - mas o Governo Municipal não cobra os 40 milhões de
reais que a Yeda deve para a Saúde.
Portanto, a execução de uma Peça Orçamentária é
tão ou mais importante, Ver. Krieger, do que nós aqui discutirmos a próxima
Peça Orçamentária e fazermos as eEmendas. Sim, esta é a nossa tarefa,
mas a nossa tarefa também é fazer com que ela seja executada. Portanto, eu
convido os Vereadores da base do Governo a trazerem as justificativas do porquê
na Saúde, no Transporte e na Educação foram aplicados 5,2 milhões e na
publicidade foram aplicados 9,2 milhões de reais. Enquanto isto, faltam ou não
faltam medicamentos
nos postos de saúde, Dr. Goulart? V. Exª concorda comigo. Faltam medicamentos.
Bom, se tem dinheiro no Orçamento...
E qual foi a grande tônica do debate aqui no
processo eleitoral ao qual acabamos de assistir e pelo qual passamos? A
Prefeitura tem superávit, tem dinheiro em caixa. Agora, para que dinheiro em
caixa se as políticas públicas que nós aprovamos não são realizadas?
Portanto, Sr. Presidente, trago esses números aqui, sim, para o debate. Quero continuar o debate e quero que sobre esses programas que foram citados nós possamos analisar por que não estão sendo executados, pois a população fica à mercê, à espera das políticas públicas. Tarefa nossa é aprovar o Orçamento, mas também é corrigir e cobrar a sua execução. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Muito obrigado,
Ver. Carlos Comassetto.
O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra
para discutir a Pauta Especial.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo
Sr. Presidente, Ervino Besson;,
nobres colegas Vereadores e Vereadoras, sobre o Orçamento, analisado friamente
- pelo que eu busquei com profundidade e pelo que eu penso que Porto Alegre tem
que evoluir a respeito do cooperativismo, nobre Ver. Carlos Comassetto -, é um
avanço a Cidade ter designado 33 milhões de reais para infra-estrutura de
cooperativa. Tanto é que, para o próximo ano, há uma rubrica de 10 milhões de
reais. Observo, também, que o cooperativismo não é somente para casas de baixa
renda. O cooperativismo abrange uma gama de residências numa comunidade, que
vai desde os mais desprotegidos aos que recebem menos, à classe média, e - por
que não? - à classe média alta. Isso é muito difundido em outros países, e o
nosso País se ressente de um verdadeiro cooperativismo.
Em Portugal, que é uma das excelências em
cooperativismo habitacional, quando as crianças nascem, os pais as encaminham
para se associarem às cooperativas habitacionais, para, quando crescerem, já
terem um investimento patrocinado pelo cooperativismo. Porque o cooperativismo
- todos nós sabemos, mas também temos que salientar para que as novas gerações
possam defendê-lo - é o sistema mais democrático que existe, patrocinado, nas
instituições que têm essa prática disseminada. É altamente democrático, pois
todas as decisões são tomadas em assembléia por maioria simples de voto.
Outra coisa maravilhosa do cooperativismo é que
não pode haver lucro. Nas fases intermediárias numa composição de uma
cooperativa habitacional, o lucro não pode existir, nem na compra do terreno,
nem na construção, muito menos nas sobras. É um sistema completo, honesto,
fiscalizado. E, tenho certeza, nobre Ver. Mauro Pinheiro, de que, se nós
pudéssemos fazer com que esse plano cooperativista pudesse ser engendrado na
comunidade de Porto Alegre - cooperativas estruturadas conforme a lei, sem
vício nenhum -, com
certeza, esses 10 milhões de reais obtidos para
o próximo ano haverão fariamde fazer uma
diferença muito grande, porque estes 10 milhões são para a infra-estrutura das
cooperativas.
O que aconteceu na
nossa Porto Alegre? Foram feitas invasões, apropriações em áreas verdes, em
cima deste emaranhado, na busca desenfreada para ter um lugar ao sol, as suas
casas, e fizeram cooperativas em cima de bases não-sólidas -, Ee aqui eu parabenizo muito a
Administração do Prefeito Fogaça por ter se sensibilizado e destinado este
volume de dinheiro para as cooperativas, para que essas comunidades se
reunissem em cooperativas e pudessem, à mercê deste financiamento da
Prefeitura, resolver os seus problemas fundiários.
Se partirmos para a
criação de cooperativas sãs, teremosé
um projeto solidário, é um projeto cooperativo, e, com
certeza, poderemos, com esses 10 milhões de reais, desenvolver muitas e muitas
cooperativas, e, com a ajuda da Caixa Econômica Federal, com projetos
existentes, com certeza poderíamos multiplicar em muitas vezes as unidades
habitacionais que hoje o Poder Público tem condições de fazer. , pPorque não existe o lucro,
não existe o superfaturamento, porque a cooperativaela é fiscalizada. ; nNós daremos uma
auto-estima, uma coisa fiscalizada, sem lucro, será uma otimização das verbas
públicas destinadas principalmente para a população de baixa renda.
E nós temos um
projeto maravilhoso no DEMHAB à espera desses projetos que aprovamos por
unanimidade, sancionados pelo Prefeito da Cidade, só ainda não regulamentados
pelo DEMHAB. Se estivessem regulamentados esses projetos, juntamente com as cooperativas, com este
aporte que vai estar à disposição das cooperativas de Porto Alegre, com
certeza, nos próximos quatro anos desta Administração, faríamos muitas e muitas
mais habitações, e, o mais importante, Ver. Ervino Besson, dando estima a todo
adquirente da casa própria, onde ele não estaria mendigando:
estaria co-participando de um projeto cooperativo, solidário, em busca da casa
própria, honestamente, sem dever nada a ninguém, sem enriquecer ninguém, sem
dar lucro a ninguém.
É este o apelo que
quero fazer, dizendo da medida acertada, mas temos que buscar, isso sim, mais
verbas para que a gestão cooperativa cresça também.; eEste é um problema das nossas cooperativas,
temos que investir no cooperativismo.
O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu sempre presto
muitao
atenção quando o senhor fala em cooperativismo. Eu acho que nada melhor do que
o senhor para esclarecer, porque o senhor tem esse entendimento e tem essa
qualidade de defender o cooperativismo. E é importante mesmo, eu estava
analisando, é um jeito de agregar as pessoas, não é Vereador?
O SR. JOSÉ ISMAEL
HEINEN: Exatamente, Brasinha, eu te agradeço pela
tua intervenção. É, como eu disse, o sistema mais perfeito que existe, ele tem
o seu autocontrole, garantido na Constituição brasileira; a autonomia
administrativa é preservada em Lei às cooperativas. Quer dizer, elas se
autofiscalizam, elas se autobuscam e escolhem aquele bem que podem alcançar, onde se pode
apalpar.
Agora, com a Caixa
Econômica Federal, tenho certeza de que Porto Alegre precisa, com urgência, uma
regularização fundiária, e tornar
todas essas invasões, todas essas ocupações irregulares, todos esses bairros
que não estão regularizados, em regulares, para termos uma casa-cidadã e
um povo com sua cidadania garantida, o cidadão legal. E a Prefeitura teria
muito lucro com isso! Muito lucro com isso, porque todos querem pagar o IPTU,
porque todos querem ter a sua casa legal, todos querem serem donos das suas
casas para poderem criar os seus filhos e para a
manutenção das suas famílias. Eu fico muito satisfeito pelo tempo, Sr.
Presidente, agradeço. Muito obrigado. Era o que eu tinha a colocar.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR.
PRESIDENTE(Ervino Besson): Muito obrigado, Ver. José Ismael Heinen.
O Ver. Luiz Braz está
com a palavra para discutir a Pauta Especial.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Ervino Besson; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; senhoras e senhores, todos nós aqui nesta Casa sabemos que, quando votamos o
Orçamento, nós não
votamos – e eu digo: infelizmente – números fechados, números prontos,
concluídos já para serem desempenhados em um próximo ano. Sempre oO que nós votamos aqui,
Ver. Dr. Raul, é uma
presunção, aquilo que se acredita que se vai arrecadar, porque, é claro, como é
que nós, Vereadores, poderíamos, aqui, termos a certeza de
que, no IPTU, vamos arrecadar aquilo que foi presumido pela Administração ou
que, no ISSQN, acontecesse isso? E eu
pergunto para os Vereadores da Casa: nas gestões anteriores, quando é que
aconteceu o cumprimento integral dos números que foram aprovados aqui na Casa?
E eu acredito que o Ver. Carlos Comassetto cometa um equívoco quando diz que o
Orçamento de investimento que foi aprovado do ano passado para este ano chegou
a 312 milhões de reais, se não me engano. Sempre o que se vota com relação ao
desempenho do Orçamento para fazer investimentos está na ordem de 10%. O
Orçamento que está sendo executado este ano não passou de 3 bilhões de reais.
Talvez o Orçamento executado vá passar; mas o que foi votado chegou a, mais ou menos, a 2 bilhões e 700
milhões de reais, que devem ter sido votados para este ano, Ver. Carlos
Comassetto. Eu não estou com o Orçamento que nós aprovamos, aqui, no ano passado, mas os
números para este ano devem estar mais ou menos em torno de 2 bilhões e 700
milhões de reais. Acho até que o Orçamento trabalhado vai chegar, mais ou
menos, próximo aos 3 bilhões de reais, mas o que foi votado, não; este foi
diferente.
O que nós estamos
aprovando para o ano que vem, para o próximo exercício – isso é o que nós
estamos votando aqui – está exatamente nessa ordem de 3 bilhões e 200 milhões
de reais. Pela primeira vez, nós estamos votando números que ultrapassam a casa
dos 3 bilhões de reais! É claro que no Orçamento executado devemos estar
ultrapassando os 3 bilhões de reais; mas, na votação que nós fizemos, é a
primeira vez que nós estamos ultrapassando os 3 bilhões de reais.
Agora, Ver. Carlos
Comassetto, imagine V. Exª, com a crise que é mundial, em que os países mais
importantes do mundo colocavam o crescimento na ordem de 2,9%, quase 3% para o
ano que vem, e deve chegar, mais ou menos, a uma nova estimativa de 1%, por
causa da crise. A crise não está afetando apenas os Estados Unidos, ela está
afetando também boa parte dos países da Europa ou a sua totalidade. E, ao contrário
daquilo que
dizia o Presidente Lula, está também afetando o nosso País. Então, é claro que, se lá existe uma
estimativa de crescimento bem menor do que aquela que se prognosticava, nós,
também, aqui, vamos,
com toda certeza, sofrer esses efeitos.
O SR. LUIZ BRAZ: Com certeza.
Obrigado, Ver. Carlos Comassetto. Eu concordo com V. Exª, inclusive porque já
debati esse tema em outras ocasiões, quando V. Exª faz a crítica com o gasto em
publicidade. Eu não faço essa crítica só ao Governo do Município, eu faço essa
crítica ao Governo do Estado e ao Governo da União. Afinal de contas, as somas
que são despendidas para essa área da publicidade são somas gigantescas. E
essas somas gigantescas servem apenas para agradar os verdadeiros donos da nossa
sociedade, os donos da opinião pública, que são, na verdade, os grandes
conglomerados da informação: Rede Globo e suas filiadas, e congêneres. Eu
já fiz parte também deles, porque, afinal de contas, venho de lá, mas, essa
área é agradada por muitos milhões de reais. E quando essa área não é agradada,
sabem o que acontece? Eles colocam, nos órgãos públicos que não agradam aos
seus interesses, os tais de repórteres investigativos. E aí são levantados os
dados, porque, afinal de contas, eu acredito, que a Administração
Pública é extremamente vulnerável. Levantam os dados, os mais escalafobéticos possíveis, e nós vamos
ter aí, sempre, a opinião pública voltada contra essa ou aquela instituição,
que é formadora do nosso mando na Administração - tanto no campo municipal, no
estadual ou no federal, no Poder Legislativo, Executivo ou Judiciário -, sempre
as administrações precisam realmente manter essas grandes somas, mas acontece
que tem que chamar a atenção da opinião pública, isso acontece, na verdade.
É muito dinheiro colocado fora, realmente, e não
é só agora, Ver. Comassetto, V. Exª sabe que na Administração passada, do
Governo de V. Exª, também isso acontecia. Tanto é que eu vinha aqui nesta
tribuna e denunciava, como fiz uma vez, Ver. João Bosco Vaz, em que 13 milhões
de reais eram gastos naquela época em publicidade, enquanto que os setores da
Saúde e Educação sofriam exatamente por causa desses gastos exagerados para
poderem ser divulgadas essas áreas.
O Sr. Carlos Comassetto: V. Exª permite
um aparte?
O SR. LUIZ BRAZ: Com prazer,
Ver. Carlos Comassetto, V. Exª sempre enriquece meu pronunciamento.
O Sr. Carlos Comassetto: Agradeço-lhe
muito, V. Exª é um dos que debatem aqui o Orçamento. Queremos ter profundidade
e saber por que na Saúde, Educação e Transporte foram investidos 5 milhões e
200 mil e, na Ppublicidade,
9 milhões e 200mil. É nessa contradição que quero, sim, fazer o debate.
O SR. LUIZ BRAZ: E essa
contradição não é de agora, Ver. Carlos Comassetto; ela já vem de bastante
tempo. Eu saúdo que V. Exª venha para este debate, porque já o faço há muito
tempo na Casa, desde a época do Governo que V. Exª integrava - e V. Exª não
reclamava desses gastos. Eu reclamava naquela época e reclamo agora! Eu acho
que esses gastos em publicidade são demasiados e eu posso afiançar a V. Exª que
hoje, infelizmente, o Poder Público é o maior patrocinador que existe em
emissoras, seja nas mais globais, como é o caso da Rede Globo de Televisão,
como nas mais localizadas, mas o Poder Público sempre é o maior financiador
dessas emissoras.
E eu vejo o seguinte: quando chega na época das
eleições, ainda existem alguns cronistas que reclamam achando que aquele espaço
que se toma, está se roubando deles, não é? Quando, na verdade, são concessões
que são dadas, e o que dão em troca é, realmente, muito pouco pelo que se
oferece. Aliás, por causa desses meus comentários aqui, não sou mais convidado
para espaço nenhum em emissora nenhuma, mas, afinal de contas, eu cumpro a
minha missão aqui na Câmara de Vereadores, sem medo de ser feliz.
Para finalizar, eu quero dizer que, no Orçamento
de investimentos das empresas, Ver. Comassetto, uma coisa me agrada muito,
principalmente lá no caso da PROCEMPA: existe uma preocupação com a segurança
do cidadão. Então temos muitas câmeras colocadas pela PROCEMPA em vários locais
da Cidade – não posso citar todos aqui porque meu tempo terminou –, inclusive
lá no Hospital de Pronto Socorro, onde precisa haver segurança. Tudo isso é
financiado com verbas públicas, com Orçamento da PROCEMPA, e acredito que vai
ajudar muito a melhorar esse setor de Segurança da Cidade e. Ttambém aqueles 24 mil pontos de luz do
Projeto Reluz, que estão aqui no Orçamento, que ajudarão, com toda certeza, a melhorar essa segurança que nós
precisamos oferecer às pessoas aqui em Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. HAROLDO DE SOUZA (Requerimento): Sr. Presidente,
solicito a verificação de quórum.
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Solicito abertura do painel eletrônico, para
verificação de quórumquórum. (Pausa.) (Após o fechamento do painel
eletrônico.) Dez Vereadores presentes. Visivelmente nNão há quórum.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 17h35min.)
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